A nova jóia da coroa da Adobe não conseguiu ofuscar as últimas notícias sobre a guerra com a Apple, mas a nova edição marca em mais de duas centenas de actualizações e melhorias a evolução dos programas que já se tornaram obrigatórios para muitos profissionais de design e desenvolvimento web.
As novas ferramentas que integram as Creative Suite 5 só vão estar à venda em Maio mas já podem ser pré-reservadas através da loja online.

Em linha estão as várias versões preparadas pela empresa que pretende responder a diferentes necessidades dos profissionais com cinco pacotes: o Creative Studio 5 Design Standard, Design Premium, Web Premium, Production Premium ou Master Collection, a que se somam as novas versões individuais do Photoshop, InDesign e Lightroom.

Para muitos a escolha segue na continuidade de opções já feitas, com upgrades, mas a capacidade de “decifrar” as diferenças entre os pacotes não fica limitada aos “iniciados” no culto, podendo ser apreendida, de forma esquemática, no quadro abaixo, ou com a ajuda do selector preparado pela Adobe, que exige a resposta a algumas questões.

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No quadro, os preços são uma das componentes com imagem mais difícil de “encaixar” na fotografia, mas não fogem à tradição…

Novidades produtivas
Numa análise contabilística este lançamento da Adobe inclui mais de 250 funcionalidades novas ou actualizadas, o que torna uma listagem exaustiva impossível. Mas um resumo rápido pode ser demasiado simplista, apesar das “paletes” de vídeos promocionais e tutoriais com que a empresa carregou o site.

Como já se esperava, a colaboração e integração entre aplicações, assim como com conteúdo online e ferramentas de optimização de marketing digital são algumas das novidades dos novos produtos que tiram partido da integração da tecnologia da Omniture, após a aquisição da empresa, garantindo a captura e análise de informação gerada por sites Web e outras fontes.

Do lado das ferramentas as capacidades mais inteligentes do Photoshop são capazes de arrancar expressões de entusiasmo dos designers, sobretudo pelo seu potencial de poupar tempo a gerir o recorte de elementos de fotografias, a integrar fundos e até a “preencher” espaços vazios em fundos complexos.

Quem gosta de dar pinceladas nas imagens criadas ganha ainda novos pincéis, mais reais, e a mistura de cores pode dar a uma foto o efeito certo.

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No Photoshop há também mais capacidades de movimentar objectos, e elementos dos mesmos. E no InDesign os elementos animados e os vídeos podem ser vistos directamente na aplicação, sem necessidade de abandonar o ambiente de trabalho.

Para quem cria animações Flash, a grande mudança é que com o Adobe Flash Catalyst – uma nova adição à linha de ferramentas - pode criar ficheiros sem ter que escrever qualquer linha de código, a partir do Photoshop e do Illustrator, pela movimentação de objectos e o recurso a bibliotecas de funções pré-carregadas.

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Num mundo cada vez mais 3D é natural que a Adobe não deixasse de “mexer” também nesta funcionalidade, usando a tecnologia Repoussé. Os efeitos são aplicáveis em imagens animadas ou estáticas.

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As releases do novo Flash Player 10.1 e do Adobe AIR 2 prometem ainda trazer mais rapidamente para a Internet nos computadores e nos telemóveis ganhos de performance e aplicações cada vez mais ricas e imersivas, para tirar partido da crescente largura de banda.

Em traços largos (muito largos) estas são as principais linhas das novas ferramentas, sendo que - como habitualmente em pacotes tão complexos – as melhores novidades vão sendo descobertas a pouco e pouco com a utilização diária, traduzindo-se em melhorias que em muitos casos se convertem em ganhos de produtividade significativos.

Fátima Caçador