Para quem tiver dificuldade em classificar o Galaxy Tab da Samsung entre um smartphone grande e um Tablet pequeno deixamos a certeza ainda antes de ler o texto da análise feita pelo TeK: ambas as respostas estão correctas. Mas isso não retira qualquer valor ao novo equipamento da marca coreana que a Vodafone começou a vender ontem e que a TMN já tem em demonstração nas lojas. Pelo contrário.

O tablet tem um ecrã de 7 polegadas e a dimensão e peso de um pequeno bloco de notas, o que o torna ideal para segurar só com uma mão, libertando a outra de forma fácil para o necessário manuseio do interface, a navegação na Internet ou a escrita de textos. O ecrã não é um AMOLED, mas não deixa de surpreender pela qualidade, dominando a face frontal do tablet que tem um design agradável e robusto, de toque suave.

Mantendo o minimalismo na utilização de botões, com quatro ícones sensíveis ao toque na frente do Galaxy Tab e apenas dois botões na lateral direita – o de ligar/desligar que activa o ecrã quando está em suspensão e o do volume de som, todo o controle das funcionalidade é feito através de toque.

Mas, logo às primeiras experiências, o tipo de utilização “entranha-se” e torna-se quase viciante pela rapidez de resposta do equipamento e pela multiplicidade de tarefas que podem ser feitas só a partir do pequeno ecrã. Na horizontal ou na vertical.

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Por dentro reina o Android. A Google até já pode ter admitido que o sistema operativo Android não foi desenhado para tablets, mas neste smartphone de ecrã grande a versão 2.2 do Android porta-se lindamente, sobretudo quando os conteúdos já foram adaptados para responder ao tamanho XL do ecrã. A resposta táctil é rápida, a navegação entre os menus é fácil e a configuração não podia ser mais simples, semelhante a outros telefones Android, ajudada pelo processador Cortex A8 1.0.

A conectividade é garantida pela rede 3G ou Wi-Fi, sendo que está limitada aos 7,2 Mbps que - provavelmente por deficiência de cobertura - já causaram alguns "engasgamentos" na navegação e visualização de vídeos em streaming.

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Email, acesso Web – sem limitações com o Flash -, jogos divertidos, vídeos do YouTube e uma oferta variada de eBooks são factores que já se conjugaram para conquistar todos os membros do agregado familiar que nos últimos dias disputaram o tempo de interacção com o Galaxy Tab, esticando a capacidade de bateria (de 7 horas em uso) e a resposta do sistema, mas também – e infelizmente – o plafond de dados de acesso Internet, castigado sobretudo pelo download de muitas aplicações e livros.

Na área dos eBooks tenho de fazer uma declaração prévia: sou fã (quase) incondicional do Kindle e da sua excelente dedicação aos livros digitais. Mas já comecei a encher as prateleiras do Galaxy Tab com alguns eBooks, para já só gratuitos, descarregados através da loja Kobo ou do Google Books.

E por isso as aventuras de Hucleberry Fin já estão ao lado de títulos como o Orgulho e Preconceito de Jane Austen e de outros mais esotéricos como o The Violet Fairy Book de Andrew Lang ou o The Book of Tea, aconselhado apenas a apreciadores desta bebida de inspiração oriental.

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A câmara fotográfica traseira, de 3 Mpixels é uma boa surpresa, e as imagens são depois vistas a toda a dimensão do ecrã, para gozo de quem as captura e dos fotografados.

O suporte multimédia é, aliás, uma das vantagens do equipamento, que suporta uma série de formatos, desde o DiVX ao MPEG4, H.263 e H.264, mas não o WMV da Microsoft (!). Falta perceber se depois a extrapolação para outros ecrãs funciona assim tão bem.

Ainda não experimentei a ligação por DNLA, mas essa é uma tarefa que está agendada para quando estiver com mais tempo em casa, junto de toda a aparelhagem multimédia que já tira partido desta tecnologia de ligação e partilha de conteúdos entre diferentes dispositivos…

Comparado com o grande ícone dos tablets, o iPad, este pequeno dispositivo traz vantagens de facilidade de transporte e “arrumação”, mas os mais conhecedores apontarão certamente a possibilidade de telefonia de voz (que no iPad tem de ser “forçada”), o suporte ao Flash que faz (ainda) tanta diferença na navegação na Internet e as duas câmaras fotográficas, quando o terminal da Apple não possui nenhuma…

Estas são comparações em detalhes que por vezes esbarram em questões de preferência de design, ou melhor de marketing.

O preço é também um dos factores a considerar, até porque em tempo de crise os orçamentos encolhem em vez de esticar. 614,9 euros para o modelo de 16 GB é um preço demasiado elevado, sobretudo considerando que grande parte dos notebooks já ronda este valor e que os netbooks estão a metade do preço.

Mas a comparação aqui deve fazer-se com smartphones de topo de gama, ou directamente com o iPad, e ai as diferenças esbatem-se. Mais caro do que o novo Samsung Omnia7 (com Windows Phone 7) e mais caro que o iPad de 16 GB, o Galaxy Tab vai ter de se agarrar à exclusividade que para já tem no mercado português e aos argumentos adicionais para fazer valer o seu preço no ponto de venda.

Se esta pequena explicação não foi suficiente para fazer luz sobre as funcionalidades do novo Galaxy Tab, vale a pena ver o vídeo preparado pela Samsung, que deixamos abaixo. Até porque uma imagem vale mil palavras e por isso um vídeo equivalerá a um pequeno tratado…

Fátima Caçador


Nota da Redacção: Foram acrescentados dois parágrafos que - por erro de formatação - tinham ficado de fora...

Foi ainda corrigida a referência ao sensor da câmara fotográfica, que é de 3 e não de 5 Mpixel.

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