Os portáteis de gaming estão cada vez mais artilhados, atualizados constantemente com os novos processadores topo de gama e placas gráficas para correr os títulos mais poderosos do mercado. A linha Omen da HP mantém-se como direcionada a jogadores mais exigentes, que preferem performance acima de tudo. E as configurações são variadas mediante as necessidades e claro, os bolsos dos jogadores.

E o HP Omen 16 é sobretudo direcionado a jogadores de eSports pela qualidade e tamanho do seu ecrã. O painel de 16,1 polegadas oferece uma área generosa para observar todos os detalhes em movimento, aproveitando a sua rápida taxa de atualização a 144 Hz. Se bem que futuramente essa tendência poderá mudar face aos novos conceitos de ecrãs apresentados para 2023, com taxas de atualização superior e ecrãs OLED em todos os segmentos.

Veja na galeria fotos do portátil:

É certo que os monitores e ecrãs começam a duplicar e a quadruplicar esse valor, mas nem todos os jogos acompanham esse crescimento. E tudo depende das exigências dos jogadores que gostam de jogar com todos os efeitos de partículas no máximo, isso altera obviamente a performance do framerate das máquinas.

Alimentado pela tecnologia AMD

Os jogos que testámos nesta configuração permitiu correr God of War, um dos títulos atualmente mais poderosos, mas espera-se que os requisitos recomendados aumentem durante este ano devido a alguns dos próximos lançamentos. Também testámos o MMO New World com definições máximas, um título igualmente exigente para o seu género, e ainda assim a conseguir uns estáveis 70-80 FPS, o que a meu ver é mais que suficiente para uma experiência de jogo.

No interior, a configuração testada também ajuda a oferecer uma experiência sólida de jogo. O processador topo de gama AMD Ryzen 9 é motor de toda esta estrutura e a sua gráfica dedicada Radeon 6650 apenas peca por estar limitado a uma resolução de 1080p nesta versão. Este GPU consegue lidar com render a 4K, pelo que poderia ter um ecrã com mais resolução. Os seus 32 GB de RAM que por norma são acima do necessário, começam a figurar nas configurações recomendadas dos jogos mais poderosos. Por isso, são muito bem-vindos neste setup.

HP Omen 16

A configuração da AMD demonstra que esta é cada vez mais uma alternativa (supostamente) mais em conta que os processadores da Intel e GPUs da NVidia, tendo a vantagem de serem otimizados dentro do mesmo telhado. Essa é uma das razões pelo qual se consegue, por vezes, obter uma maior otimização, mesmo com uma menor configuração.

Obviamente que para manter o computador arrefecido este modelo tem um sistema de refrigeração que a HP lhe chamou de Tempest Cooling. E realmente parece o “som de uma tempestade” quando dispara as turbinas para o manter arrefecido. A tecnologia de refrigeração tem evoluído ao longo dos anos, algo que até foi tendência nos computadores da última CES, com sistemas de metal líquido a serem equipados nos futuros modelos de 2023.

Mas neste modelo não evita que a base do computador aqueça ao nível de ser incómodo de o manter em cima do colo enquanto se joga, por exemplo. O sistema não foi o suficiente para evitar que este se desligasse automaticamente devido a sobreaquecimento, em pelo menos duas situações distintas durante o teste. E o seu fluxo de ar quente libertado tanto na traseira como nas laterais era intenso, o que gerou um ruído impróprio para se jogar em locais mais silenciosos.

Relativamente à sua bateria, é praticamente impossível manter um computador de gaming ligado por mais que umas duas horas a jogar de seguida. Até porque a performance do computador (como todos os outros) cai drasticamente a níveis minimamente jogáveis. Claro que se usar o computador para navegar na internet, ver filmes ou trabalhar num documento poderá ter autonomia para 8 ou 10 horas. Mas esse não é o objetivo deste modelo, por isso, para jogar terá de estar mesmo sempre ligado à corrente.

Design sóbrio e agradável ao toque

O design do computador é minimalista, construído em plástico, resistente e com uma construção sólida para carregar para um evento de gaming. Como temos vindo a observar ao longo dos últimos anos, os utilizadores não querem computadores segmentados, mas sim um modelo que satisfaça todas as suas necessidades, seja para trabalhos e projetos de edição de vídeo, por exemplo, os seus momentos de lazer a jogar com amigos ou como centro multimédia para assistir a filmes e séries. E a HP sabe disso, oferecendo um Omen com linhas sóbrias, longe dos tempos em que um portátil de gaming se via à distância pelo “blink blink” das suas luzes LEDs debitadas a partir das suas tampas e laterais.

HP Omen 16

Este é um portátil que passa despercebido numa reunião de trabalho e apenas o seu logotipo em forma de diamante da marca Omen “pisca o olho” a quem esteja por dentro do gaming presente na mesa. Ainda assim, não é um portátil leve devido às suas dimensões (2,40 kg), e como tal não é o ideal para carregar sempre na mochila, ao contrário da linha Dragonfly da HP, exatamente direcionado a este propósito.

Um dos testes que executo em todos os portáteis é se este consegue abrir a tampa com apenas uma mão, sem se revirar e este modelo passa com distinção. O teclado mantém a classe habitual dos computadores da HP, com teclas espaçosas e confortáveis para escrever. E ao contrário de outros modelos de gaming, nunca senti o desconforto de aquecimento nos dedos durante as sessões de jogo, descartando desta forma a necessidade de ter um teclado externo. E é retroiluminado, outra exigência nas minhas escolhas, permitindo escrever ou jogar em locais menos iluminados. Tem também uma palete de cores suaves e agradáveis, projetadas de pequenos LEDs da parte inferior das teclas, variando entre o azul escuro e o laranja vivo.

Sendo um computador de maiores dimensões, considerando que se trata de um modelo de gaming, a fabricante decidiu ainda assim abdicar do teclado numérico, significando um cursor isolado à direita, mais confortável de aceder em alguns jogos. Esta é provavelmente uma das minhas configurações de teclados preferidos num portátil. E espaço também não faltou para colocar um generoso TrackPad, que oferece uma resposta bastante eficaz.

HP Omen 16

O chassis foi construído igualmente num plástico sólido reforçado e apresenta cantos arredondados e arestas mais suaves, salientando o seu logotipo no canto inferior direito. Para quem gosta de jogar sem auscultadores, as suas colunas garantem som nítido, mesmo em alto volume, graças à configuração de luxo da Bang & Olufsen.

Relativamente à conetividade, a HP foi bastante generosa com os jogadores e dispensa HUBs exteriores conectados. Tem três portas USB-A nas laterais (uma à esquerda e dois à direita) e mais dois USC-C na traseira do portátil. Isso significa que pode ligar ratos, comandos, teclados externos ou outros periféricos que desejar diretamente na sua base. Na traseira pode ainda encontrar a saída HDMI e ainda o cabo de energia. Do lado esquerdo tem ainda uma entrada de rede LAN e jack 3,5 mm para auscultadores. Um chassis sem dúvida bastante completo com a adição de uma ranhura de cartões SD-Card.

Ainda sobre o ecrã, este tem a já habitual tecnologia TÜV Eyesafe Low Blue Light, para que possa jogar ou assistir a filmes durante longas sessões com maior conforto ocular. Sendo um computador “artilhado” pela AMD, terá ainda acesso à tecnologia AMD FreeSync, que ajuda a sincronizar a taxa de atualização com o GPU, diminuindo os habituais desfasamentos da imagem. Dessa forma, tornando as imagens dos jogos mais suaves. Outro aspeto a salientar é a utilização de materiais do ecrã que diminuem os reflexos, permitindo jogar em qualquer local, mesmo no exterior ou à beira de uma janela.

Apesar de ter algumas configurações e design de topo, está longe de ser perfeito. É o tipo portátil de gaming, mas que o deverá ter numa secretária e certificar-se que trabalha de forma arejada. O sobreaquecimento em sessões mais prolongadas foi preocupante durante o teste, embora nunca esteve em causa a sua performance nos títulos testados. E estamos a falar de um computador com uma configuração para custar cerca de 2.200 euros (+IVA), o que leva a ponderar bem as necessidades que deseja, mesmo que o foco seja apenas o gaming.

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