
As primeiras impressões do SAPO TEK já tinham confirmado que os novos Galaxy S25 da Samsung vinham artilhados para garantir um lugar no top dos melhores smartphones Android e competir “taco a taco” com o iPhone 16 Pro Max. E depois de quase três semanas na companhia do Galaxy S25 Ultra só reforçámos a opinião positiva: apesar de ter apenas pequenas mudanças de design, a Samsung conseguiu adicionar melhorias importantes na qualidade do smartphone e na usabilidade, com destaque para a maior integração da Inteligência Artificial com o Galaxy AI.
Há um salto notório na qualidade na fotografia e vídeo, no ecrã, nos materiais usados e no desempenho do processamento, mas também pequenos toques do design, que vêm contribuir para aumentar a proposta de valor que a Samsung já tinha na linha Galaxy S. Mesmo sem trazer grandes surpresas ao formato, são estes pontos que dão o conforto de uma evolução que é bem-vinda para quem quer garantir que o investimento que está a fazer lhe coloca nas mãos um dos melhores Android do mercado. Não é perfeito, e há pontos a melhorar, mas está muito perto.
Quem está à frente no mercado tem sempre mais responsabilidade de continuar a inovar, mas já não é no formato da linha Galaxy S25 que a Samsung coloca as fichas. A estratégia de manter o mesmo design desde o Galaxy S22 – até na “arrumação” das câmaras traseiras –, assim como a integração da caneta S Pen, faz com que à primeira vista o smartphone pareça igual ao modelo do ano passado, embora essa ideia seja ultrapassada depois das primeiras impressões.
Numa altura em que os smartphones dobráveis ainda trazem o efeito da espetacularidade e da surpresa, na linha Galaxy Fold e Flip e em que a Samsung já está a apostar em modelos mais finos com o Samsung Edge que mostrou no último Unpacked ainda sem partilhar detalhes, o Galaxy S25 faz uma evolução na continuidade, mas do lado bom.
Veja as imagens
Um design de produtividade
Com linhas mais retas no chassi, apesar dos cantos mais curvos, e um ecrã que se destaca pela qualidade e iluminação como um dos melhores no mercado, o Galaxy S25 Ultra tem todos os toques de um smartphone topo de gama que se destacam nos materiais e utilização.
Continua a ser um telefone grande, com 162,8 x 77,6 x 8,2mm, e a Samsung conseguiu aumentar o espaço útil de visualização para as 6,9 polegadas, reduzindo ainda a moldura. Mesmo que não se veja a diferença em milímetros no tamanho, e no peso (onde emagreceu 15 gramas face ao S24 Ultra), parece que o smartphone cabe melhor na mão e é mais fácil de usar, apesar do tamanho XL.
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Os materiais foram também refinados, são mais resistentes e menos “escorregadios” transmitindo a sensação de qualidade e conforto que resulta da combinação do titanium com o Gorilla Armor 2, destacando-se face aos outros modelos da linha Galaxy S.
Um pormenor não menos importante. Para quem é fã da S Pen, a manutenção da caneta integrada no smartphone, com um sistema que continua a ser agradável de encaixe e a rápida ativação das funcionalidades quando se retira a caneta, é uma mais-valia a destacar. E quem se habituou a ter este acessório para tomar notas, navegar entre emails ou desenhar, sabe que é difícil de prescindir da sua utilização. Infelizmente aqui há também que sublinhar um dos principais pontos negativos: a Samsung abandonou a ligação Bluetooth Low Energy da caneta e agora já não tem disponíveis as funcionalidades de gestos de controle remoto, que já se tinham interiorizado em algumas utilizações, como a ativação da captação de fotografias, por exemplo.
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De resto é como já dissemos, uma evolução na continuidade, com a mesma arrumação de botões de volume, a porta USB-C e o espaço para a colocação do cartão SIM (duplo) ao lado da arrumação da S Pen.
Na traseira as quatro câmaras e o laser AF destacam-se com o mesmo formato “isolado” e módulos de proteção individuais arredondados. Quando muitas marcas continuam a apostar em “organizar” as câmaras traseiras em blocos retangulares ou redondos, uma tendência que vem sobretudo de marcas chinesas, a Samsung continua monoliticamente independente. E isso não é mau, embora retire um pouco de estabilidade ao telefone quando está pousado e a ser usado sobre uma mesa, o que pode ser resolvido facilmente com uma capa.
Ainda assim há uma pequena mudança na forma como a Samsung decidiu “proteger” as lentes do S25, com um módulo mais evidente e destacado, que já foi criticado por ser relativamente fácil de retirar.
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O tamanho e a qualidade do ecrã são claramente um dos pontos fortes do Galaxy S25 Ultra e “saltam” à vista, batendo a concorrência do iPhone também na luminosidade, com brilho máximo de 2.600 nits que é útil sobretudo em situações de luz intensa, contando também com o contributo do filtro anti reflexo. A taxa de refrescamento vai até aos 120 Hz e é ajustada de forma dinâmica.
Falta ainda falar da bateria, e este é mais um ponto onde a Samsung pode melhorar. Não na duração, onde a bateria de 5.000 mAH já está bastante optimizada para durar mais de um dia e meio sem problemas, mas na velocidade de carregamento que ainda é lenta quando comparada com o que marcas como a Honor, a Xiaomi e a Oppo conseguem fazer. Mais de uma hora para carregar integralmente a bateria num smartphone de topo de gama (e até de gama média) com carregamento de 45W já não é muito normal.
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Galaxy AI e as promessas que já se avistam de integração
Nas primeiras impressões dos novos Galaxy S25 deixámos a pergunta sobre se esta é uma nova era onde o que importa é (só) o software. Na verdade é uma pergunta com rasteira, porque parte de uma base de hardware já de grande qualidade, dos materiais e construção ao ecrã e todos os componentes, e o onde o processador Qualcomm Snapdragon 8 Elite, desenhado de forma personalizada para a linha Galaxy, faz mais diferença do que aparenta à primeira vista.
Veja o vídeo
A Samsung refere que há ganhos de 40% de desempenho na NPU, 37% na CPU e 30% na GPU face ao modelo anterior, o que se reflete na prática em mais rapidez nas principais funções e melhor processamento com as ferramentas de IA generativa. E aqui entram as palavras chave. Os novos modelos foram pensados para uma nova experiência com as ferramentas de IA, agora mais integradas no sistema operativo One UI 7, baseado no Android 15.
Para além da integração em ferramentas de imagem ou funcionalidades que pode ativar com uma aplicação ou “chamando” o Gemini, o Galaxy AI está a preparar-se para ser mais útil logo quando acede ao ecrã principal, com indicações baseadas na sua experiência mas que ainda têm de dar alguns passos importantes para se tornarem os “companheiros” do dia a dia que prometem ser.
O Now Brief faz um resumo logo de manhã, mas no meu caso pouco mais adiantou do que a meteorologia e todos os dias dava a indicação de que podia ser mais útil e personalizado, mas isso nunca aconteceu. E o mesmo se passava com o resumo do dia. Não chegámos a usar com o Ring ou um relógio Samsung, e por isso não tivemos os “benefícios” de saber a pontuação de energia ou do sono, onde quem estiver interessado em ter estas indicações pode ganhar com a IA.
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Mais prática é a integração do Gemini Live, facilmente acessível, e a pesquisa direta no ecrã com o Circle to Search, mas onde a Inteligência Artificial conquistou pontos foi na parte da fotografia e do vídeo, em especial com a capacidade de retirar ruídos indesejados com o Audio Eraser. Fizemos algumas (poucas) experiências e a possibilidade de ajustar os vários tipos de som é realmente muito boa, sobretudo para criadores de conteúdo ou em situações onde quer mesmo focar uma determinada voz ou retirar o som do vento de um vídeo, por exemplo.
Claro que na fotografia também as câmaras contribuem, e a Samsung fez algumas melhorias, com uma nova grande angular de 50 MP que se junta ao arranjo já existente de uma telefoto de 50 MP com zoom óptico de 5X e uma grande angular de 200 MP. O zoom “espacial” até 100 vezes, melhorado por IA, continua a permitir experiências interessantes, mas recomenda-se apoiar o smartphone numa superfície ou usar tripé para melhores resultados.
A tecnologia de IA ajuda também a melhorar os retratos, com reconhecimento inteligente de luz e seleção de câmaras, e o resultado é mais natural e parecido com a realidade, abandonando algumas escolhas de cores demasiado saturadas.
Infelizmente não houve muito tempo para explorar de forma digna as capacidades fotográficas e de vídeo e ficámos por algumas (demasiado) poucas experiencias que gostávamos de ter aprofundado.
Aspiracional para muitos, evolução para outros
É difícil contestar que o Samsung Galaxy S25 Ultra consegue a posição de “rei” do seu segmento e da nova linha de smartphones da empresa, mas o pacote de completo não está ao alcance de todos. O modelo mais barato, com 256 GB de memória, custa 1.499,99 euros, mas também não aconselhamos uma opção abaixo dos 512 GB ou vai andar sempre a fazer contas ao espaço de armazenamento disponível. Custa um bocado mais,1.619,90 euros, mas vale a pena. Se quiser pode também optar pela versão de 1 TB, que custa 1.859,90, mas este é já um grande salto que só se justifica para quem faz mesmo muitas fotos ou vídeos.
A Samsung teve no início uma oferta de upgrade de memória para o nível seguinte sem aumentar preço mas já não está disponível. Pode ainda encontrar um desconto de 30% na compra de um pacote com capas, o Galaxy Watch 7 e os Buds3 e também 30% de desconto em seguros, ou avaliar qual é o valor de retoma que consegue com o seu smartphone atual na troca de um novo Galaxy S25 com 150 euros de desconto imediato e valores de retoma que podem chegar a 1.000 euros.
O Galaxy S25 e o S25+ são opções mais baratas para os mais conscientes do investimento nestes smartphones e podem ser uma boa opção para quem quer contar com as funcionalidades de IA sem gastar tanto dinheiro.
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