Terminada a segunda fase do concurso de acesso ao ensino superior para o ano de 2019-2020, os dados partilhados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) mostram que cerca de metade dos candidatos ficaram de fora das universidades e politécnicos públicos. A terceira fase começa a 3 de outubro e estende-se até dia 7 de outubro de 2019.
Segundo a informação disponibilizada pelo MCTES, dos 18.195 estudantes que se candidataram na segunda fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior, apenas cerca de metade (9.274 estudantes) conseguiu ficar colocado numa das 11.615 vagas levadas a concurso.
A estas mais de 11 mil vagas acresceram, adiantou a mesma fonte, "2.119 vagas libertadas por candidatos colocados e matriculados na primeira fase que foram agora colocados na segunda fase".
A tutela revelou ainda que nesta fase foram colocados 4.789 estudantes nos politécnicos e 4.485 no ensino universitário.
O Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Tecnologia e de Gestão de Bragança foi a instituição com maior número de vagas sobrantes nesta fase, em vários dos cursos listados, nomeadamente Engenharia de Energias Renováveis que não teve nenhum aluno colocado na segunda fase, Enfermagem Veterinária, Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e Engenharia Mecânica.
Mais de 4.500 vagas libertas para a terceira fase e mudança de curso
Na segunda fase ficaram por preencher 4.583 vagas, "menos 14% que em 2018, que podem ser agora disponibilizadas para a terceira fase do CNA ou reverter para os concursos especiais" e para os concursos de mudança de curso.
O MCTES refere que até agora já entraram no ensino superior público "46.721 novos estudantes, o que representa um aumento de 1,4% face a idêntico momento no ano anterior" e lembra que na primeira fase do CNA tinha sido colocados 44.500 estudantes, "dos quais se matricularam 39.566, correspondentes a 88,9% dos colocados.
"A colocação de estudantes nesta segunda fase confirma as estimativas de ingresso no ensino superior público, que apontam para cerca de 77 mil novos estudantes em 2019-2020 quando consideradas todas as vias de ingresso", declara o MCTES em comunicado.
A tutela especifica que os mais de 18 mil candidatos na segunda fase se distribuem em 6.019 que não tinham concorrido à primeira fase, 4.062 candidatos à primeira fase que não conseguiram colocação, 1.914 colocados na primeira fase que não se matricularam, e 6.070 colocados na primeira fase que se matricularam e que tentaram agora mudar de curso.
"A segunda fase do CNA incluiu novamente a possibilidade de um contingente especial para candidatos com deficiência, o que permitiu que o número de estudantes a ingressar por esta via (310 estudantes colocados na primeira e segunda fase do CNA) tenha aumentado 34% face ao ano anterior (231 colocados) e representando um crescimento de 158% face a 2015 (em que 120 estudantes haviam sido colocados por este contingente)", refere ainda o MCTES.
Os resultados da segunda fase do CNA estão já disponíveis na página da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), e os estudantes agora colocados podem matricular-se até 30 de setembro.
Cada instituição pode agora decidir qual o número de vagas que liberta para esta terceira fase. "Quando uma instituição de ensino superior decide abrir terceira fase do concurso, fixa ainda o número de vagas, em valor igual ou inferior às vagas sobrantes da segunda fase acrescidas das vagas não ocupadas pelos estudantes colocados nesta fase que não realizaram a matrícula e inscrição", adianta o MCTES.
A terceira fase decorre entre 03 e 07 de outubro, sendo que as vagas disponíveis para esta fase ficam disponíveis no 'site' da DGES no primeiro dia de candidaturas.
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