Contratar talento especializado em Linux é um prioridade para oito em cada dez inquiridos numa pesquisa que serviu de base ao primeiro relatório de emprego publicado pela Linux Foundation. A maior procura vai para os programadores, competências que 67% dos inquiridos planeiam reforçar na sua organização em 2012. A procura de gestores TI e consultores externos, no entanto, também é elevada.


A segunda categoria mais requisitada este ano será a de administradores de sistemas (55%), sendo que a maioria das empresas procuram profissionais com três a cinco anos de experiência e que uma grande percentagem (85%) apontam dificuldades em encontrar no mercado o que procuram, o que coloca estes recursos entre os mais valiosos.



Talvez por isso, o estudo também mostra que a especialização em Linux compensa financeiramente e que, enquanto a média de aumento salarial para os profissionais de TI ronda os 2% ao ano, para os especialistas em Linux os aumentos salariais anuais rondam os 5%, para além de receberem bónus maiores.



Responderam a esta pesquisa 2.300 pessoas que permitiram à Linux Foundation perceber ainda que a crescente procura de profissionais nesta área está ligada ao crescimento das empresas, mas também a uma utilização crescente do software livre.



Quarenta e nove por cento dos inquiridos explicam que estão a procurar mais recursos Linux para responder ao crescimento da empresa. Quase a mesma percentagem (48%) dizem que passaram a usar mais Linux e que os novos profissionais são essenciais para suportar essa opção tecnológica.




Já 30% afirmam mesmo que o Linux passou a ser uma peça fundamental do negócio e que se tornou por isso essencial uma maior ligação da empresa à comunidade. Há ainda quem refira que está em processo de alteração de sistemas com Linux e precisa de apoio nessa migração, como respondem 27%.



O relatório publicado pela Fundação Linux, realizado em parceria com o Dice, um portal de emprego na área das TI, está disponível para download. Os dados foram recolhidos um pouco por todo o mundo, garantem os promotores. Vinte sete por cento das respostas são atribuídas à Europa.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico