Podem candidatar-se startups de toda a região que entre os fundadores tenham uma mulher. Há mais três critérios de participação, que continuam a deixar na corrida dezenas de projetos portugueses: o projeto tem de ter o inglês como língua base, não ter acumulado mais de dois milhões de euros de financiamento e ser escalável.

O concurso realiza-se no dia 3 de maio, data do pitch para as 10 startups que entretanto forem escolhidas, entre todas as candidaturas. Um dos promotores da iniciativa é Craig Newmark, fundador do Craiglist, que explicou ao Tech Crunch a razão de existência da iniciativa. “Só 10% do dinheiro investido globalmente vai para startups lideradas por mulheres, embora estas empresas consigam um retorno 35% superior que os projetos liderados por homens”, detalha.

Além dos 50 mil euros, a empresa vencedora garante acesso a um conjunto de serviços que podem potenciar o seu desenvolvimento, para além da oportunidade de chegarem a novos investidores, não só pela participação no evento, mas também pela sua repercussão em termos mediáticos. No júri que vai escolher a vencedora vão estar nomes como Jimmy Wales, fundador da Wikipedia.
   
A versão norte-americana do concurso, promovido pela Women Who Tech, já está em marcha e a final realiza-se na próxima semana, no dia 15 de fevereiro em Nova Iorque, na sede da Google. Está focado em projetos na área da realidade virtual e  realidade aumentada e curiosamente entre as 10 finalistas que vão subir ao palco do evento para fazer um pitch está uma portuguesa.
 
É Verónica Orvalho, fundadora da Didimo, que reside em Londres. A startup que dirige desenvolveu uma tecnologia que permite criar personagens virtuais com aspeto humano e precisa apenas de dois minutos para criar essa representação.