O Observatório do Emprego Científico e Docente está disponível online a partir de hoje, afirmando-se como o primeiro registo público moninativo que lista todos os contratos doutorados envolvidos em atividades de investigação (I&D), de docência ou de gestão e comunicação de ciência e tecnologia.
Em comunicado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior avança que, com o lançamento, Portugal torna-se um dos primeiros países a dar acolhimento às recomendações do Conselho da União Europeia, aprovadas a 28 de maio de 2021, sobre a implementação de sistemas contínuos de monitorização da contratação de investigadores doutorados e das carreiras em investigação, de modo a facilitar a observação livre e aberta sobre mobilidade, planos de carreira, emprego e condições de trabalho científico.
O Observatório permitirá identificar os mecanismos de contratação de docentes e investigadores nas instituições científicas e de ensino superior, detalhando os efeitos das medidas de estímulo ao emprego científico que foram concebidas entre 2016 e 2017 e aplicadas desde então.
Clique nas imagens para mais detalhes
Os dados disponibilizados pela plataforma dão a conhecer que desde janeiro de 2017 foram estabelecidos 6.047 contratos com doutorados, dos quais 48% exclusivamente para o exercício de atividades de investigação e 52% para exercício de funções no contexto das carreiras docentes universitária ou politécnica.
Do total, 42% correspondem a integração em carreira, ou seja, contratos por tempo indeterminado ou sem termo. Os mecanismos de financiamento disponibilizados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) são os principais geradores de posições contratuais, com 44% dos contratos a serem estabelecidos na sequência de concursos da entidade integrados no programa de estímulo ao emprego científico.
De acordo com os dados, 39% dos contratos foram celebrados na sequência de procedimentos concursais regulares para ingresso na carreira docente e de investigação. Já 87% dos contratos foram estabelecidos com instituições públicas e 13% com instituições privadas.
O Ministério avança que o panorama das relações laborais na atividade científica é hoje substancialmente diferente daquele vigente até 2017, altura em que os contratos de trabalho eram uma exceção e estava normalizada a atribuição de bolsas de pós-doutoramento. Hoje, o número de bolsas de pós-doutoramento é residual e prevalecem as relações laborais baseadas em integração em carreira ou contratos a termo para o desenvolvimento de projetos específicos.
Regista-se também um aumento de 9% no total de contratos por tempo indeterminado com docentes e investigadores e o crescimento exponencial da contratação de investigadores, em larga maioria, anteriormente titulares de bolsas, estando hoje em execução mais 6.101 contratos do que em 31 de dezembro de 2015.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
Missão Ariel da ESA quer explorar 1.000 exoplanetas e Portugal ajuda com engenharia e ciência -
App do dia
Wayther: uma nova app de previsões meteorológicas detalhadas para otimizar viagens -
Site do dia
Tetr.io é uma versão competitiva de Tetris e os adversários não dão tréguas -
How to TEK
Farto de reagir no WhatsApp com emojis? Crie os seus próprios stickers
Comentários