É inegável que a Apple acertou à primeira no modelo que conquistou o mercado de consumo e os utilizadores profissionais e que acabou por transformar o cenário de utilização de computadores pessoais, ditando o princípio de um declínio de vendas dos notebooks tradicionais, ainda sem fim à vista.
Três anos depois, e quatro versões diferentes, o elan do iPad mantém-se e garante ainda o domínio das vendas do tablet, apoiado num ecossistema onde tudo parece funcionar como um relógio. Desde o sistema operativo às aplicações, loja de música, de livros e revistas, o iTunes University e mesmo os Mapas, que apesar das falhas na última versão do iOS não desencantaram totalmente os fãs.
Mas apesar de tudo pouco mudou desde que Steve Jobs mostrou ao mundo o iPad original. Sobretudo no design.
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O lançamento do iPad, protagonizado por Steve Jobs, o ideólogo do conceito, marca um ponto de viragem que fica assinalado na história a 27 de janeiro, quando o muito antecipado tablet viu finalmente a luz do dia.
As semelhanças com o iPhone foram muitas desde o início, não só pela partilha do mesmo sistema operativo mas também pelo aspeto de smartphone "crescido", com o mesmo botão de acesso ao menu, os botões físicos de comando do volume na lateral direita e o próprio design.
Steve Jobs defendeu desde o primeiro dia que o tablet é muito mais intimista do que um laptop e que supera a capacidade de um smartphone e a ideia havia de prevalecer e ser inspiração para uma nova gama de produtos que acabaria por ser produzida por diversas marcas, em múltiplos formatos e sistemas operativos para quase todos os gostos. Mas sem nunca pôr em causa o domínio do iPad.
Com um ecrã multitouch de 9,7 polegadas de tecnologia LED retroiluminado, o iPad original contava com um processador A4 da Apple, a 1 Ghz, que conjugava a capacidade de processamento, gráfica e controlador de memória em apenas um chip. O armazenamento, em memória flash, estava disponível para 16, 32 ou 64 GBytes, a mesma capacidade que ainda se encontra nos atuais modelos.
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A reduzida espessura do tablet, com apenas 1,27 cm e um peso de 680 gramas foram dois dos seus pontos fortes, assim como a duração da bateria, que apontava para as 10 horas e que também não oscilou muito.
A nível de conectividade, o tablet foi lançado com tecnologia Wi-Fi 802.11n e Bluetooth, mas as versões seguintes seriam atualizadas com ligação a rede móvel 3G e LTE, mas só nos países onde a quarta geração móvel partilha a mesma tecnologia suportada nos Estados Unidos.
O modelo só havia de chegar às lojas algumas semanas depois, mas foi um sucesso instantâneo. Em Portugal os fãs tiveram de esperar até final de novembro de 2010, mas a procura foi intensa.
A segunda versão, batizada de iPad 2, trazia sobretudo mudanças de aspecto: mais leve e com um design melhorado, o tablet era também até duas vezes mais rápido
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E os fãs tiveram de esperar menos tempo para conseguir comprar esta versão. Duas semanas depois do lançamento oficial nos EUA, o iPad 2 começou a ser vendido em Portugal - e em mais 25 países - a 25 de março de 2011.
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O ecrã mantinha o tamanho de 9,7 polegadas úteis, e marcavam também estreia as duas câmaras - uma frontal e outra nas costas do aparelho - com suporte à videochamada e captura de vídeos em HD.
Curiosamente o equipamento começou a ser vendido por valores abaixo dos registados aquando do lançamento, com preços a partir dos 479 euros - para a versão de 16 GB sem conectividade 3G.
Nos modelos de 32 GB e 64 GB os valores subiam para os 579 euros e 679 euros. Quem quisesse acrescentar à conectividade Wi-Fi a ligação móvel de terceira geração teria de desembolsar entre os 599 euros (16 GB) e os 799 euros (64 GB).
A terceira versão, apresentada a 7 de Março, apelava sobretudo pela imagem com o novo ecrã retina. A Apple nem se deu ao trabalho de inventar um novo nome ou número de versão, chamando-lhe apenas o "novo iPad".
O processador mais rápido, um A5X dual core, mais resolução num ecrã que a empresa continua a classificar como um Retina Display, maior resolução na gravação, a 1080 pixels, e uma câmara fotográfica de 5 megapixels estavam entre as características, pouco revolucionárias.
Mesmo assim o novo modelo continuou a revelar-se um sucesso de vendas, chegando às lojas portuguesas apenas uma semana depois da apresentação internacional.
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Tal como tinha acontecido anteriormente, a Apple manteve nas lojas a versão 2 do iPad, baixando o preço.
A falta de suporte ao LTE em muitos países, pela diferença da tecnologia usada para o 4G, viria a irritar muitos utilizadores e a causar problemas à Apple, que se viu confrontada com processos judiciais e teve de mudar a publicidade. Mais uma vez sem aparente impacto nas vendas.
Não terá sido isso porém que levou à rápida substituição do tablet pela quarta versão, poucos meses depois.
Apesentado em conjunto com o iPad mini, uma versão de 7 polegadas, o novo iPad substituiria mesmo a versão 3, que foi descontinuada para desagrado de quem tinha investido neste modelo. O lançamento a 23 de outubro acabaria por surpreender o mercado, que não esperava uma nova versão tão cedo.
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O mesmo ecrã retina mas um processador melhor, o A6X, e consumo de bateria otimizado, marcam as diferenças na quarta versão do iPad, que continua com as mesmas "falhas" no suporte ao LTE, fazendo com que se questionasse a lógica do investimento.
Agora que já se fala de uma versão 5 do iPad, que chegará em outubro com novas características, e que parece estar na calha um modelo intermédio que em que alegadamente com espaço de armazenamento é "esticado" a 128 GB, resta esperar para ver o que a Apple tem para mostrar...
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Nota da Redação: Foi feita uma correção à referência ao processador do iPad 4 e uma clarificação no último parágrafo para ficar mais perceptível a possibilidade da Apple lançar em breve dois modelos, como o TeK já tinha escrito hoje.
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