Está lançada a moda das App Stores. Ou será melhor dizer que está lançada mais uma moda Apple? Não queremos explorar a parte filosófica da questão, mas o que é certo é que os modelos de negócio escolhidos pela Apple para a área da mobilidade, seja no hardware ou no software, têm dado frutos e marcado tendências. Foi assim com o iPod, o iTunes, o iPhone e com a App Store a partir da qual é possível comprar ou descarregar gratuitamente conteúdos de terceiros para o telemóvel ou leitor digital da marca, repete-se a história. A prova é que o modelo tem sido replicado pelos gigantes do mundo móvel.

Hoje fazemos uma ronda pelos projectos recém-nascidos nesta área ou ainda em embrião, mas já com timings de lançamento e detalhes que podem interessar a quem gosta de levar o PC para dentro do telemóvel, seja para trabalhar ou divertir-se.

Começamos pela Ovi Store da Nokia. Lançada ontem, marca mais um passo no esforço da fabricante para alargar o seu campo de actividade, o negócio e a visão que os consumidores têm da sua marca.

Não é difícil encontrar muitos outros exemplos deste esforço recuando alguns meses, como a loja de música ou a própria plataforma Ovi, completamente remodelada e agora muito mais orientada para o sentido de comunidade que se tem alastrado da Internet no PC fixo para dentro da mobilidade nas comunicações móveis.

No arranque estão disponíveis para download mais de 20 mil programas, entre ofertas gratuitas e pagas, "descarregáveis" por um universo potencial de 50 milhões de telemóveis. A prazo os números tendem a aumentar, das aplicações e dos equipamentos compatíveis.

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A AppStore da Apple, para o iPhone e iPod Touch, é sem dúvida a receita de maior sucesso nesta nova onde de lojas de aplicações para sistemas móveis, tendo batido recentemente (em Abril) a marca dos mil milhões de aplicações descarregadas.

Com mais de 35 mil programas disponíveis para download, gratuito ou pago, os jogos continuam a ser uma das áreas preferidas de quem pretende enriquecer o seu equipamento com novas aplicações, mas as opções são mais que muitas.

A título de curiosidade relembramos as mais descarregadas no ano passado. No campo das aplicações pagas liderou o Koi Pond. Não se pense que falamos de algo para aumentar a produtividade do equipamento, mas antes de uma aplicação que permite transformar o telemóvel num aquário virtual cheio de carpas.

A aplicação gratuita mais procurada em 2008 também está na mesma linha. Foi o iPint, que converte o ecrã do telefone numa caneca de cerveja que se "bebe" inclinando o equipamento. Hoje as preferências são outras. Pode conhecê-las online, a par com as novidades mais recentes e as mais solicitadas, por áreas temáticas.

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Outro mercado de aplicações que também fez correr muito tinta na imprensa criando alguma expectativa, foi aquele que a Google criou para suportar o desenvolvimento da plataforma Android. O Android Market está a funcionar desde Agosto do ano passado e tem evoluído no número de aplicações que disponibiliza. É expectável que à medida que a variedade de telemóveis com o sistema operativo aumente, também aumente o interesse por desenvolver aplicações para a plataforma evolua. Portugal ainda não integra a lista de países com equipamentos suportados na plataforma. A Vodafone já anunciou que comercializará por cá um HTC com Android, mas ainda não disse quando.

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Detentora de uma invejável posição no mercado mundial de smartphones também a RIM, dona do Blackberry, decidiu no ano passado concentrar num único local as aplicações disponíveis para a sua linha de equipamentos, a segunda mais vendida, logo a seguir às da líder Nokia. O modelo desta App Word é um semelhante ao usado pelas concorrentes, embora seja claramente notório o perfil mais profissional dos equipamentos da fabricante, sem que isso signifique a ausência de aplicações mais vocacionadas para o entretenimento e as actividades de cariz social, embora não no mesmo número que lhe oferece uma Apple App Store.

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Os sistemas com Windows Mobile também terão em breve à disposição uma loja que centralizará as muitas aplicações desenvolvidas por terceiros e hoje dispersas por várias lojas, um pouco à semelhança do que acontecia para o Blackberry. As regras para disponibilizar aplicações na loja já são conhecidas, o lançamento da plataforma deve surgir em simultâneo com o lançamento da próxima versão do Windows Mobile.

No mercado doméstico há a assinalar o nascimento, em marcha da TMN App Store, uma iniciativa que conta com o apoio da Microsoft, e a promessa de que Portugal será um dos primeiros países a receber a App Store que também a Vodafone está a preparar e que antes do final deste ano estreia em alguns países. Ambas as empresas começam por lançar um concurso de ideias à procura de conteúdos para preencher estes novos mercados virtuais.

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