A Microsoft anunciou ontem que vai disponibilizar uma versão limitada das suas aplicações de produtividade na Internet ao mesmo tempo que lança a nova versão do Office, que recebeu o nome de Office 2010.

O Web Office já fazia parte dos planos da empresa e materializa uma estratégia para concorrer com as várias alternativas gratuitas que existem online e offline, e que ainda não ensombram o sucesso estrondoso do pacote Office, mas que a prazo podem fazer mossa numa das principais fontes de rendimento da empresa de Redmond.

Se para si um processador de texto ainda é só sinónimo de Word e não conhece as diversas opções alternativas para produzir uma folha de cálculo ou preparar uma apresentação, veja com o TeK as soluções que têm sido colocadas no mercado, de forma gratuita, e que asseguram a compatibilidade entre ficheiros.

Algumas das mais importantes alternativas ao Office são para instalar no computador. O OpenOffice.org é a mais conhecida e completa oferta alternativa, contando com uma versão com menus em português e corrector ortográfico, um elemento de grande relevância para evitar gralhas e que é uma das grandes falhas noutras opções "extra Microsoft".

Dinamizado por uma comunidade activa de dimensão global, este pacote de produtividade tem vindo a ganhar cada vez mais utilizadores e adaptações de línguas locais, contando com cerca de 90 idiomas.

A nova versão, lançada em Maio, conta com a renovação na qualidade gráfica das imagens e um melhor dispositivo de controlo de acesso em simultâneo a ficheiros, permitindo aos utilizadores partilhar arquivos com segurança em ambientes multi-plataforma.

Com processador de texto, folha de cálculo, programa de apresentações, base de dados, editor de desenho e uma aplicação específica para fórmulas matemáticas (o OpenOffice.org Math), o OpenOffice suporta a grande maioria das necessidades dos utilizadores individuais e empresas, excluindo a gestão de emails e calendário que o Office da Microsoft delega no Outlook.

A compatibilidade com o pacote de aplicações da Microsoft está também garantida, na abertura e na gravação de documentos, embora a principal "fricção" entre os dois esteja precisamente nos formatos de ficheiros. Enquanto o OpenOffice suporta o formato aberto OpenDocument, desenvolvido pelo consórcio OASIS, o Office aposta no OOXML, que é também um standard aberto mas que tem gerado enorme polémica mesmo com a aprovação como norma ISO.

O pacote está disponível para um número alargado de sistemas operativos, do Windows ao Linux, passando também pelo MacOS.

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Também gratuito, o Lotus Symphony da IBM, oferece um desempenho e uma compatibilidade à prova de bala, embora ainda não suporte os mais recentes formatos Office Open XML (OOXML) da Microsoft. Também aqui a opção foi para o ODF como formato base para os documentos.

O pacote é constituído pelo Documents, um processador de texto, Spreadsheets, um programa de tabelas e Presentations, a versão Lotus do Powerpoint.

A versão 1.3 foi lançada no início de Junho e está disponível para Windows Vista, Windows XP e diversas distribuições Linux.

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Fora desta lista de alternativas para instalar no computador ficam o WordPerfect Office, agora da Corel, e o Ability Office, assim como o StarOffice e o iWork da Apple, já que são também versões pagas.

Na Web os concorrentes do Office também ganham espaço. O mais notório é o Google Docs, pelo peso de marketing que a marca tem. Mas, embora sirva as necessidades básicas, há ainda muitas arestas a limar nesta suite da Google.

Através do browser é possível abrir ficheiros dos principais formatos, incluindo .doc, .xls, .odt e .ppt, mas também criar documentos de raiz com ficheiros de texto, folhas de cálculo, tabelas e apresentações.

A integração com outros serviços do Google pode garantir mais popularidade ao Docs, assim como a possibilidade de partilhar os documentos, definindo um grupo de trabalho de utilizadores que podem aceder e editar os ficheiros guardados online.

O interface é muito simples e básico, sem segredos para quem já usa este tipo de aplicações.

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Menos conhecido, o ThinkFree aposta numa platforma "ubíqua", o que traduzido em linguagem corrente quer dizer que pretende estar em todo o lado. Por isso também foi o primeiro pacote de produtividade a apresentar uma versão para Android…

Claro que nem todas as versões são gratuitas, mas a empresa garante que na sua versão grátis online tem mais de 700 mil utilizadores, um número já bastante simpático.

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Mesmo que não possamos falar de todas as soluções, não seria correcto deixar de fora o Zoho, que faz um esforço de abrangência louvável, cobrindo quase todas as áreas de aplicações de produtividade e também soluções empresariais, mesmo que algumas contem com um número muito reduzido de utilizadores.

Do mail ao chat, passando naturalmente pelas obrigatórias folhas de cálculo, apresentações e documentos de texto, há um Zoho para cada necessidade… E nem sequer foi esquecida a colaboração online, suportada no Sharepoint da Microsoft.

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Há ainda outras referências que podiam juntar-se a esta lista, mas são opções ainda menos conhecidas e, algumas delas, pouco amigáveis para quem quer aventurar-se pela primeira vez nestes meandros...