Há cerca de nove meses que a "gigante da maçã" não apresentava novidades de relevo - embora muito recentemente tenha lançado um novo iPod Touch -, levando a que expetativa fosse mais que muita.

Os rumores veiculados pela imprensa antecipavam vários lançamentos para a conferência anual de programadores. No fim aconteceu que uns se verificaram, mas outros nem por isso.

Uma das apresentações mais antecipadas pelos entusiastas da marca era o novo iOS, que foi apresentado pelo CEO da Apple, Tim Cook, como "a maior mudança no sistema operativo desde o lançamento do iPhone".

Os relatos falam num visual diferente, "mais simples e limpo", que começa logo por uma nova tipografia, e recorre a novos ícones, mais animações e transparências entre as imagens, para criar uma profundidade maior.

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Em termos de funcionamento, destaque o maior número de funcionalidades acedidas a partir do ecrã de bloqueio do smartphone e para o alargamento das capacidades multi-tarefa a todas as aplicações, ou seja, o utilizador pode ter uma qualquer aplicação a correr, mas estar a usar outra.

Coube igualmente a Tim Cook apresentar mais novidades no que aos sistemas operativos concerne, neste caso anunciando o novo Mac OS. A primeira novidade diz desde logo respeito ao nome: as alusões a felinos das versões anteriores - como o Cheetah da versão versão 10.0 e o Mountain Lion da versão versão 10.9), deram lugar ao nome de código Mavericks, numa referência a um local na Califórnia.

Mas escolhas de nomes à parte, o novo Mac OS começa logo por oferecer melhorias ao nível do desempenho e do consumo de energia, garante a Apple.

Quando estiver disponível a partir do próximo outono, o Mavericks trará funcionalidades melhoradas também noutros aspetos, como com a Finder Tabs, que promete facilitar a experiência de navegação entre abas, facilitando a classificação e pesquisa de ficheiros.

O browser Safari também surge renovado, contando com uma arquitetura melhorada do JavaScript, funcionalidades de economia de bateria e uso de memória e uma função denominada Shared Links, que permite partilhar links em sites como o Twitter ou o LinkedIn.

Outra das novidades incluídas é a aplicação iBooks, que a Apple mantinha para dispositivos móveis e que agora passa a permitir ler e comprar livros a partir dos computadores Mac.

Novos Mac a caminho

E por falar em computadores, a WWDC também foi palco para a Apple dar a conhecer algumas novidades neste campo.

As linhas Macbook Air e Mac Pro foram as visadas. Os novos modelos dos ultraportáteis já foram expedidos e chegam às lojas com baterias capazes de durar o dia inteiro, promete a fabricante, graças aos novos processadores Intel Haswell com que estão equipados.

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De acordo com a empresa, o modelo com ecrã de 11 polegadas tem uma bateria com uma autonomia para nove horas de navegação na Internet ou oito horas para visualização de filmes, enquanto o modelo de 13 polegadas oferece, respetivamente, 12 e 10 horas de funcionamento no mesmo tipo de utilizações.

Os dois modelos têm 4GB de memória e estão disponíveis em configurações com capacidades de armazenamento de 128GB e 256GB, extensíveis a 512GB. Os preços variam entre os 1.049 euros do modelo "mais baixo" e os 1.349 euros do modelo de 13 polegadas e de 256GB de armazenamento.

O novo modelo da linha Mac Pro, a família de computadores da Apple destinada a utilizadores profissionais, terá sido a novidade mais surpreendente - ou pelo menos que mais deu nas vistas. Não propriamente pelas novas funcionalidades ou pela melhoria do desempenho (que também existem) mas pelo novo design.
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Dando um novo folego à linha de computadores, o mais recente Mac Pro tem a forma de um cilindro preto, aspeto que faz com que ocupe apenas um oitavo do volume do anterior Mac Pro.

Segundo a imprensa, o novo modelo estará no mercado até ao final do ano, com suporte para até 12 configurações de núcleo diferentes e equipado com a memória ECC mais rápida que a empresa já aplicou aos seus computadores. Tem além disso suporte FireWire e Thunderbolt 2.

Integrando gráficos AMD FirePro, os computadores serão capazes de reproduzir imagens com uma resolução de 4K através de todas as suas saídas e para até três monitores UltraHD, simultaneamente.

Mais música com a iTunes Radio

Um dos lançamentos esperados na WWDC era o de um novo serviço na área da música, depois de vários acordos fechados recentemente com algumas editoras, como a Warner, a Universal e a Sony, o que se confirmou com a apresentação da iTunes Radio, um serviço gratuito mas com anúncios publicitários.

A partir do iTunes Radio há rádios temáticas, com base em músicas e ritmos específicos, com algumas a aparecerem em destaque na página principal do serviço. De início só estará disponível nos EUA, mas a Apple tenciona alarga-lo a outros países.

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Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico