A evolução tecnológica das TVs tem sido extremamente rápida. Comprámos a Alta Definição, ou HD, a pensar que seria um fantástico investimento a médio/longo prazo, mas pouco tempo depois chegou o Full HD, o 2K, o 4K, o 8K e até já se fala no 10K.
De repente, a fantástica TV HD da sala parece uma peça de museu, que já nem consegue responder às exigências gráfica dos mais recentes jogos de consola. Esta evolução tecnológica foi (felizmente) acompanhada por uma significativa redução do preço dos equipamentos, e por várias campanhas promocionais atrativas que visam escoar os modelos mais “antigos”.
Os 1.500 euros que, até há pouco tempo, comprariam uma TV HD de dimensão generosa, são hoje suficientes para comprar um bom equipamento 4K. Mas, numa altura em que já se fala na resolução 10K valerá a pena investir num equipamento 4k? Não seria mais lógico comprar já uma TV 8K que vai conseguir dar resposta à evolução da indústria dos jogos, dos gadgets e dos conteúdos, nos próximos anos?
Confira na fotogaleria algumas sugestões.
As TVs 8K têm o dobro da resolução do 4K - imagens de 33 milhões de pixeis (7680 x 4320 pixels), ou seja, quatro vezes mais que os modelos 4K (3840 x 2160 pixels) e 16 vezes mais que os televisores Full HD (1280 x 720 pixels) - e oferecem vários benefícios:
• A vantagem em termos de qualidade de imagem é inquestionável, quer em termos de nitidez, como de contraste, profundidade, cor, textura, precisão, contornos, entre outros parâmetros. É uma resolução que transmite a sensação de realidade perfeita.
• A densidade de pixeis é muito superior, ou seja, poderá comprar um ecrã de maior dimensão sem comprometer a qualidade de imagem (efeito pixelizado na visualização). As TVs 8K têm, por regra, ecrãs de brande dimensão.
• Abertura para o gaming : A indústria de jogos – consola e streaming – promete aproveitar ao máximo esta resolução, o que significa que os títulos reproduzidos em TVs de resolução mais baixa não conseguirão oferecer todo o seu potencial, em termos de qualidade de imagem e níveis de detalhe. A tão aguardada PS5 promete gráficos em 8K, e a Google vai também apostar nesta resolução com a plataforma de jogos Stadia.
• Usar conteúdos mobile: Os smartphones topo de gama que vão ser lançados este ano já suportam gravação de vídeo em 8K. É o caso do Galaxy S20, do Nubia Red Magic 3 e do próximo modelo da Xiaomi.
Tudo vantagens ou alguns problemas?
Qual o problema atualmente? As vantagens desta resolução só conseguem ser realmente visíveis em conteúdos criados para 8k – filmes, jogos, vídeos, eventos desportivos e musicais, etc – que estão aos poucos a chegar ao mercado. Os Guardiões da Galáxia Vol. 2, da Marvel Cinematics, serão gravados em 8K, e serviços como a Netflix (que já têm conteúdos em 4K) já indicaram que vão disponibilizar conteúdos nesta resolução.
Os tradicionais canais de TV não suportam ainda esta resolução. Para ultrapassarem esta barreira, os fabricantes de TV integraram nos seus equipamentos tecnologia de upscaling – uma solução que recorre à inteligência artificial para otimizar a qualidade de imagens para níveis muito próximos do 4K ou 8K, consoante o modelo. Esta otimização é feita cena-a-cena e em tempo real. A diferença é visível, e pode ser um forte argumento para quem privilegia a qualidade de imagem e está à espera dos conteúdos em 8K.
Para usufruir dos 4 ou 8K em serviços de streaming terá também de garantir uma largura de banda generosa. Tal como acontece com o PC e o telemóvel, quanto maior for a resolução, maior será a exigência sobre a largura de banda.
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