Os jogos que exigem movimento podem ajudar as crianças obesas a perderem, segundo os resultados de um estudo do Centro de Pesquisa Biomédica de Pennington, na Louisiana State University, EUA. As conclusões apontam ainda para melhorias ao nível do colesterol e da pressão sanguínea.

“As crianças estão muito interessadas em jogar e passam horas, todas as semanas, a fazê-lo”, refere Amanda Staiano, uma das investigadoras ligadas ao estudo, citada pela Reuters. Desta forma, “em vez de culpar os jogos e a tecnologia, faz sentido perceber de que forma podem ajudar”, acrescenta.

A análise consistiu em pôr 46 crianças, entre os 10 e os 12 anos, a jogarem durante 24 semanas, uma hora três vezes por semana, com conversas semanais com um treinador, que lhes dava conselhos sobre as metas que pretendiam ultrapassar em termos de exercício físico.

Metade das crianças foi posta no “grupo dos jogos” e a outra metade em “lista de espera”. As famílias do “grupo dos jogos” foram incentivadas a cumprir as recomendações, “ajudadas” por uma Xbox, um dispositivo de deteção de movimento e quatro jogos de exercícios (Your Shape: Fitness Evoluído 2012, Just Dance 3, Disneyland Adventures e Kinect Sports Season 2). Havia ainda uma Fitbit para monitorizar a actividade.

No fim da experiência, as crianças do grupo dos jogos tinham reduzido o seu índice de massa corporal (IMC) em cerca de 3%, baixando igualmente os níveis de colesterol, enquanto as crianças do grupo de controlo aumentaram seu IMC em 1% e subiram os níveis de colesterol.

De salientar que os mais novos foram encorajados a jogar em casa com um amigo ou membro da família, porque há indicações de que as crianças gastam mais energia quando brincam com outra pessoa, e, embora os “mais velhos” não tenham sido analisados como parte do estudo, “ouvimos falar de pais que também perderam peso”, indicou Amanda Staiano.

O estudo está disponível online, publicado na Pediatrics Obesity.