Sim, é um facto: há televisores 8K à venda nas lojas portuguesas. Constatação número um: são caros, muito caros, até porque os ecrãs são enormes (acima das 55 polegadas) e o que não lhes falta são tecnologias de “ponta”. Constatação número dois: estas TVs mostram imagens incríveis em termos de nitidez, contraste, cor e todos os outros parâmetros. São mais de 33 milhões de píxeis ao mesmo tempo e no mesmo painel…

Rapidamente, basta-nos imaginar uma resolução equivalente a quatro vezes o 4K, uma resolução que já temos como fantástica se pudermos ter na sala um televisor topo de gama e com uma dimensão de ecrã “generosa”. Já por aqui apresentámos várias vantagens e factos sobre a resolução 8K, sendo que continuam todas perfeitamente válidas.

A questão que fica, contudo, é praticamente a mesma: para que queremos um ecrã 8K se 99% dos conteúdos a que temos acesso todos os dias não vão além do 4K e muitas vezes não chegam até do HD? Os serviços de TV em Portugal (e em todo o mundo) estão ainda longe de comercializarem de forma “aberta” hardware e transmissões em alta resolução. Nem as plataformas de streaming de vídeo tão pouco.

Clique nas imagens para ver o detalhe de cada um dos modelos

Ainda assim, há um aspecto que pode fazer com que valha a pena levar já para casa uma das três TVs acima. Os modelos da Samsung e da Sony estão efetivamente à venda, enquanto o da Sharp é mais complicado de encontrar no nosso mercado. Há ainda outras marcas que “rondam” o 8K, especialmente a LG e a Huawei, mas sem novidades concretas até à data.

Uma questão de conteúdos

Como sempre, a decisão de adquirir um televisor com um ecrã com uma resolução num patamar acima depende da quantidade e qualidade de conteúdos que já estão disponíveis. No caso do 4K, não há grande problema, pois esta “norma” está a começar a ficar perfeitamente instalada em vários serviços.

Mas os conteúdos em 8K são ainda praticamente inexistentes. Apesar de haver bastantes vídeos de teste e outros produzidos de propósito para efeitos de demonstração, termos acesso “normal” a conteúdos televisivos ou até em serviços com a Netflix em 8K é algo que está ainda bastante distante, parece-nos.

Assim, qual o principal motivo que nos pode levar à compra de um televisor 8K, ainda para mais com os preços que isso acarreta? A resposta está no… upscaling. Aquando da transição do Full HD para o 4K, a verdade é que as tecnologias de upscaling estavam ainda no início, de certa forma.

Hoje, o panorama é diferente. Aliás, na apresentação oficial dos televisores 8K da Samsung em Portugal, por exemplo, a capacidade de converter conteúdo em tempo real de 4K para 8K foi um dos principais “argumentos” esgrimidos. Principalmente porque está presente em todos esses modelos, mais concretamente a gama Q900 (que pode ver na galeria acima), o processador Quantum, equipado com funcionalidades de IA que tornam o processo possível, garante a marca.

Há outras marcas que estão já a fazer “mexer” o mercado com televisores que podemos efetivamente comprar nas lojas portuguesas. Vale a pena? Talvez ainda não. Mas ficam duas certezas, até pelo que já tivemos oportunidade de experimentar e ver de perto: os processos de upscaling funcionam (pelo menos em parte) e as imagens mostradas em 8K são mais “encorpadas” e “profundas”, apresentando uma sensação tridimensional ímpar. Agora resta-nos esperar. Até lá, o melhor mesmo é aproveitar o já “acessível” 4K.

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