A inteligência artificial (IA) e os robots em geral são temas que estão na ordem do dia nos vários universos da tecnologia atual. Os processos assistidos por IA invadiram os equipamentos eletrónicos que utilizamos diariamente – dos smartphones até ao ecossistema completo que podemos usar em casa, por exemplo –, ao mesmo tempo que o que não falta já nas prateleiras das lojas são robots que têm como principal missão entreter-nos a nós e aos mais novos, basicamente.
Com este facto em mente, os robots que damos a conhecer (ou recordamos, no caso dos nossos leitores mais interessados pelo tema) neste artigo são diferentes: não se destinam comercialização nos moldes normais, por assim dizer, e dificilmente podem ser emparelhados por Bluetooth ou via rede Wi-Fi com o seu terminal móvel. Nem tão pouco poderá ter um em casa. São robots criados de forma complexa (e dispendiosa) com o principal objetivo de salvar vidas.
Agir de forma autónoma (ou parcialmente autónoma) e/ou assistida pela Homem para auxiliar em situações de perigo ou acidente, prestando um apoio rápido e eficaz na tentativa de minimizar a perda de visas humanas. É este o propósito deste tipo de robots, que surgem na galeria abaixo sob a forma de cinco exemplos. E a premissa principal é que consigam fazer o que os humanos não conseguem, de certa forma, ou mais rapidamente e em segurança. Cada segundo conta.
Naturalmente, os robots destinados a estas missões surgem como resposta da tecnologia em geral aos cada vez mais frequentes desastres e catástrofes naturais que têm lugar um pouco por todo o mundo, desde inundações e derrocadas até sismos e incêndios, sem esquecer acidentes de viação e outros problemas mais recorrentes.
Visto que em muitos destes momentos existe o risco efetivo de as forças de resgate, auxílio e apoio médico estarem elas próprias em risco de vida nos locais das catástrofes, substituir elementos humanos por robots que consigam fazer o mesmo em termos práticos é a solução perfeita. Melhor: se a máquina em causa tiver mais força física e for mais rápida, por exemplo, quando assistida por um operador humano à distância acaba mesmo por ser um método muito mais eficaz e seguro de concretizar operações de apoio a todos os níveis.
Um dos robots que encontra na galeria acima, o Chimp, refere até o problema de radiações emitidas por centrais nucleares decorrente do sismo e tsunami no Japão em 2011 como um bom exemplo e um forte móbil para o desenvolvimento de robots do género. Basicamente, se for determinante fechar uma válvula em localizações atingidas por fugas radioativas e instalações em perigo de ruir, por exemplo, porque não enviar um robot em vez de uma equipa humana?
Utilizações práticas e cruciais
Mas, além dos projetos deste género que são desenvolvidos apenas como modo de evoluir a tecnologia associada, quais os momentos e situações práticas em que podem ser utilizados os robots em causa? Os modelos que aqui apresentamos são expressamente destinados a apoiar as forças de resgate e ajuda a salvarem vítimas de catástrofes ou acidentes, mas existem duas áreas em que a robótica com estas características está efetivamente avançada: os processos militares e espaciais.
Não é só nos filmes de Hollywood que existem robots capazes de desativar bombas em cenários militares ou de terrorismo. Estas máquina “inteligentes” existem mesmo e são utilizadas por forças militares em situações reais. Da mesma forma que, também nesta área, é recorrente o uso de drones pilotados à distância para efeitos e reconhecimento aéreo e até bombardeamentos, como sabemos.
Num expoente mais extremo, há robots militares até capazes de fazerem parte de missões de guerrilha de “porta em porta”. Objetivo principal: substituir os soldados nas posições em que existe maior perigo de vida, reduzindo o número de baixas, em teoria. E estes são apenas alguns exemplos de uma área apoiada por tecnologia a níveis bastante elevados.
O mesmo se passa com o que envolve a exploração espacial, universo em que a presença de robots é algo tido como normal há décadas, já. De sondas a robots capazes de percorrer a superfície de luas e planetas, são “peças” de tecnologia como estas que vão onde o Homem não consegue ir, no fundo. Esta é uma temática, aliás, muito habitual aqui pelo TeK.
Depois existem muitos outros segmentos em que sabemos que máquinas apelidadas de robots são determinantes, como são exemplos a indústria em geral, a ciência e exploração da natureza, a logística (a entrega de produtos é uma área em que se registam avanços todos os dias..) e a saúde, entre muitas outras. E o que podemos esperar é que os robots façam cada vez mais parte do nosso dia a dia, seja no nosso ambiente doméstico, seja no desempenhar das mais variadas funções em ecossistemas empresariais, industriais e outros igualmente importantes no desenvolvimento da sociedade humana. É esperar para ver.
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