
Basta digitar algumas palavras num motor de busca e as respostas surgem quase de forma instantânea, abrindo caminho a novos mundos de aprendizagem de modo informal, mas também a cursos organizados pelas melhores universidades do mundo, ou programas específicos para quem quer aprender uma linguagem de programação, ou uma língua estrangeira, por exemplo.
Nunca na história da Humanidade tanta informação foi disponibilizada de forma tão acessível a tantas pessoas. A disseminação da Internet, que hoje chega a mais de 2,7 mil milhões de pessoas (cerca de 40% da população mundial) leva os conteúdos da Web aos ecrãs de computadores, smartphones e televisores em todos os continentes, mesmo que ainda não de forma totalmente democrática pela necessidade de investimento na compra de equipamentos e de pagamento da ligação de dados.
Mas para quem já tem os equipamentos e a ligação, o acesso aos conteúdos é totalmente grátis em muitos casos, ou tem um custo bastante baixo quando comparado com o ensino tradicional, oferecendo ao mesmo tempo grande flexibilidade para quem quer conjugar a aprendizagem com outras atividades.
Desde que grandes universidades como o MIT (Massachusetts Institute of Technology), Carnegie Mellon e Berkley começaram a colocar online grande parte dos currículos dos seus cursos, com documentação escrita ou com vídeos de aulas dos seus principais professores, os cursos abertos online tornaram-se uma moda apetecível para quem tem "sede de saber". E muitas outras universidades seguiram a tendência.
Conhecidos como Massive Open Online Courses (MOOCs), os cursos não têm quaisquer barreiras à entrada, não sendo necessário verificar os conhecimentos anteriores nem atingir médias mínimas, e podem ser vistos a qualquer hora e em qualquer lugar por centenas de milhares de estudantes. Da física quântica à história de arte, passando pela informática e literatura, é possível aceder a informação sobre quase todos (ou todos) os ramos do conhecimento.
A plataforma OpenCourseware do MIT tem mais de 2.150 cursos online e entre os materiais mais vistos estão a introdução à informática, álgebra linear e física I: mecânica clássica. Vale a pena também verificar a lista de cursos disponíveis em português, traduzidos pelo Universia em áreas que vão da aeronáutica aos estudo humanísticos.
Harvard também lançou a sua Open Learning Initiative, com vários vídeos de cursos online, mas juntou à ideia o On-Campus, com versão online e a possibilidade de assistir às aulas, presencialmente, ao final do dia.
No ano passado as duas universidades juntaram-se para desenvolver a plataforma edX que foi desenhada especificamente para a distribuição de cursos online e que a partir do outono deste ano vai garantir também acesso a cursos de outras universidades norte-americanas, abrindo ainda mais o leque em 2014 com universidade internacionais, como a Universidade de Toronto e a Universidade nacional da Austrália.
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Fora desta nova plataforma há também grande concorrência, e a da Universidade de Stanford é forte, embora muito focada na engenharia, e um dos cursos mais populares de sempre nesta plataforma foi a introdução à inteligência artificial, que terá interessado 160 mil alunos de 190 países diferentes.
Da lista constam também os cursos livres da UCLA, da Universidade de Yale e Carnegie Mellon. Nenhuma cobra propinas, mas também não garante créditos, nem certificados de participação.
A mesma ideia está por trás do iTunes U, a plataforma da aplicação da Apple que dá acesso a centenas de cursos e milhares de aulas de diversas universidades, entre as quais se incluem as portuguesas Universidade de Coimbra e o Instituto Politécnico de Leiria.
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A Direção-geral da Educação, um organismo do Ministério da Educação, também já reservou espaço no iTunes U, onde disponibiliza vários conteúdos e podcasts para alunos mais novos.
Mesmo que não tenha um computador Apple, um iPhone ou um iPad, pode sempre instalar o iTunes no seu PC e aceder aos cursos. E continua a ser grátis !
Se procura uma plataforma fora das universidades tradicionais vale a pena passar pela Udemy, que reúne também disciplinas e cursos destas fontes mas alarga o âmbito e aceita propostas de cursos de diversas fontes, e de formadores individuais, entre os quais se contam o português Victor Bastos, cujos cursos estão no top dos mais procurados.
Nem todos os cursos são gratuitos, mas a garantia do site é que os materiais foram desenvolvidos especificamente a pensar na plataforma online, conjugando cuidadosamente vídeo com documentação e garantindo o acesso a mais de 6 mil cursos.
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O Coursera é outro ponto de passagem obrigatório, juntando 7 dezenas de parceiros e contando com mais de 3,5 milhões de utilizadores registados.
Depois de verem os vídeos os "alunos" respondem a inquéritos, completam avaliações, podem interagir com os "colegas" e "professores" e recebem reconhecimento, podendo contruir o seu portfólio de formação.
Em português, mas com sotaque brasileiro, o Veduca está online há cerca de um ano e já dispõe de mais de 2.500 aulas das maiores universidades do mundo em vídeo, mas com legendas para a língua de Camões, o que ajuda a ultrapassar algumas barreiras a quem tem dificuldade com o inglês.
No mês passado foi ainda anunciada uma iniciativa da União Europeia que pretende disponibilizar 40 cursos online, em 12 línguas, entre as quais o português.
A iniciativa é liderada pela Associação Europeia de Universidades de Ensino à Distância (EADTU) e os temas abordados vão desde a matemática à economia, passando pelas competências digitais, o comércio eletrónico, mas os utilizadores vão também poder contar com informação na área das alterações climáticas, do património cultural, e a aprendizagem das línguas. A duração varia entre as 20 e as 200 horas.
Depois de concluídos os cursos os alunos poderão receber um certificado de conclusão, um distintivo, ou um crédito certificado que pode contar para um diploma de fim de estudos. Neste caso os alunos terão de pagar o certificado, que pode custar entre 25 e 400 euros, dependendo da duração do curso (o número de horas letivas).
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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