Já pensou em partilhar num vídeo o que está a fazer no seu computador? Há muitas formas de o fazer, através de ferramentas de colaboração, mas uma solução mais imediata e simples pode ser a utilização de software para gravar a atividade do desktop e depois partilhar o vídeo num serviço web, ou fazê-lo diretamente por streaming enquanto executa um jogo ou resolve um problema técnico.



Criação de tutoriais, apresentações, vídeo conferências, os truques para passar as missões mais difíceis de jogos ou simplesmente a explicação de uma tarefa realizada no computador são alguns dos objetivos apontados para a utilização destas ferramentas, mas na verdade “o céu é o limite” e caberá à imaginação e criatividade de cada um explorar as suas múltiplas aplicações.



Uma das tendências da "moda" é a gravação dos Hangouts do Google+, os encontros mais ou menos “casuais” de utilizadores para debater algum tópico através de videoconferência… E há alguns que valerá mesmo a pena gravar, sobretudo quando não se podem acompanhar “em direto”.



Entre as diversas ferramentas que encontrámos para este tipo de “gravação” sugerimos que conheça algumas das mais estáveis e que explore as suas potencialidades. Até porque alguns têm limitações nas versões gratuitas…


Um dos mais fáceis de utilizar é o Screenr que funciona a partir do browser sem ser necessário instalar qualquer software. É totalmente gratuito e basta clicar no botão de gravação para começar a gravar a imagem e som do computador. Pode definir qual a área que quer gravar do ecrã, mas o limite de tempo são 5 minutos.



Depois basta partilhar o link com a “audiência”, ou publicar o resultado no próprio site, em Public Stream.



Provavelmente vai notar que o computador fica um pouco mais lento. E, pelo sim, pelo não, é melhor não fazer nada de que se pode arrepender depois de partilhar…



[caption] Screenr [/caption]

A aplicação tem também uma versão Pro, com mais funcionalidades e vários escalões de preços, entre 19 e 289 dólares por mês, mas que incluem também o alojamento dos vídeos e acesso por um número ilimitado de utilizadores.

Para simplificar mais todo o processo o ScreenCastle põe um grande botão vermelho na homepage. É só clicar, aceitar correr a aplicação e começar a gravar. O link para partilhar o vídeo ou integrá-lo numa página web está também logo ali, à mão de semear, assim que clicar em “salvar”.



A filosofia é a mesma, de escolher o tamanho da área a gravar (mas em números o que não é muito intuitivo). Pode ainda optar por gravar o som captado pelo microfone do computador.




[caption] ScreenCastle [/caption]

O Procaster tem também um ar bastante profissional, embora seja gratuito. A ferramenta está integrada no serviço Livestream, que permite a fazer streaming de “acontecimentos”.

Para além de gravar a atividade do ambiente de trabalho pode escolher fazer broadcast do seu desktop e da sua webcam, ou de um jogo, e integrar um chat em tempo real, moderado.

A integração com as redes sociais, mais especificamente o Twitter, não foi esquecido, mas no site lembra-se que pode chegar a uma audiência de mais de 100 mil utilizadores do Livestream.



[caption] Procaster [/caption]

Sob licença GPL – e 100% gratuito – o CamStudio desempenha as mesmas funções base: grava toda a atividade do ecrã e o áudio relacionado, exportando o resultado em formato AVI ou em Streaming Flash (SWF).



[caption] CamStudio [/caption]
Pode gravar todo o ecrã ou só uma parte, escolher o cursor a aplicar e definir a qualidade do ficheiro final. Entre as vantagens está a possibilidade de personalização com a inclusão de imagem da webcam em modelo picture-in picture.

A história da aplicação é longa e confusa e envolve a criação por uma empresa chamada RenderSoft, que foi comprada pela eHelp que integrou a tecnologia no RoboDemo. Por sua vez esta foi adquirida pela Macromedia que utilizou o RoboDemo e o transformou no Captivate. Um fã conseguiu recuperar o código fonte e disponibilizá-lo gratuitamente, contando com o apoio da comunidade para a sua melhoria. Todos são convidados a contribuir com trabalho ou dinheiro para manter o projeto vivo…



A versão 2.0 está disponível no Sourceforge para sistemas operativos Windows, otimizada para Windows XP, mas se quiser se mais radical pode experimentar a beta 2.6.



Havia muitas outras referências que podíamos incluir, mas ficámos pelas mais estáveis. Se tiver outras sugestões deixe-as para todos os leitores na caixa de comentários abaixo.



E já pensou como vai explorar estas ferramentas? Pode ser um bom projeto de fim-de-semana…



Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


Nota da Redação: Este artigo foi originalmente publicado em Setembro de 2011