A aplicação que a IATA tem vindo a preparar para facilitar a identificação de viajantes com vacina ou teste negativo à Covid-19 estará disponível para download na loja de aplicações da Apple, já em meados do próximo mês. A versão para Android só será lançada mais tarde. A informação foi revelada pelo vice-presidente regional da Associação Internacional de Transporte Aéreo para África e Médio Oriente, Kamil Alawadhi, como relata a Reuters.
A aplicação pretende funcionar como um passaporte digital para viajantes, com informação sobre testes negativos realizados nos dias anteriores à viagem, conforme exigem a maior parte dos países hoje em dia, ou informação digitalizada de certificados de vacinação.
Já se sabia que a ferramenta estava a ser desenvolvida e havia inclusive notícias que revelam a intenção de algumas companhias aéreas usarem a aplicação para facilitar o tráfego de passageiros. Num primeiro anúncio da IATA, o lançamento da app foi apontado para finais de março.
Como sublinha agora o responsável que adiantou a nova data de lançamento, a ferramenta ficará disponível para download até dia 15 de abril, mas este é um esforço que só alcançará resultados “se as companhias aéreas, diferentes países e aeroportos adotarem a aplicação”.
A Virgin Atlantic revelou entretanto que vai testar a app da IATA na rota Londres - Barbados, a partir do dia 16 de abril. O país também já confirmou que vai aceitar este “passaporte” Covid nas suas fronteiras, tornando-se num dos primeiros países do mundo a aceitar informação digital para controlo sanitário e a abolir a necessidade de os viajantes se fazerem acompanhar de documentos em papel para esse fim.
Singapura também tinha anunciado logo no início de março que ia também testar a app da IATA. O vice-presidente da associação acrescenta agora que a instituição recebeu entretanto pedidos para usar a aplicação de “uma grande quantidade de companhias aereas”.
União Europeia quer resposta às necessidades de controlo sanitário nas fronteiras a tempo do verão
Recorde-se que este mês a Comissão Europeia aprovou uma proposta de criação de um Certificado Verde Digital que pode começar a ser usado já este mês. O documento visa facilitar a livre circulação segura dentro da UE, enquanto a pandemia persistir. Vai reunir três tipos de certificados - certificados de vacinação, certificados de teste (teste NAAT / RT-PCR ou teste rápido de antígeno) e certificados para pessoas que já recuperaram do COVID-19.
Para que a medida entre em vigor a tempo do verão, terá agora de passar o crivo do Parlamento Europeu e uma fase de implementação, que implica a ligação aos sistemas de saúde dos vários países. Esta informação ficará depois centralizada num portal, que vai permitir a sua verificação em toda a União Europeia.
O certificado será gratuito e terá versões para papel ou formato digital. A segurança e autenticidade é garantida pela integração de um código bidimensional (Código QR). Este pode vir a tornar-se no modelo único para controlo sanitário na UE, ou apenas num deles, coexistindo com outras soluções da indústria que acabem por ganhar massa crítica, como pode acontecer com a app da associação que representa a indústria de transporte aéreo.
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