A polémica continua. A King, empresa responsável pelo êxito Candy Crush, submeteu um pedido para ser detentora da marca "candy" - doce, em tradução livre -, nos EUA e na Europa. Do outro lado do Atlântico o pedido já foi retirado, mas no velho continente mantém-se.

Caso o pedido fosse aprovado, então o uso da palavra candy em jogos, serviços de videojogos e roupa, como t-shirts, estaria sujeito a uma autorização prévia ou a um acordo financeiro por parte da King. A ZeptoLab, empresa responsável pelo não menos popular Cut The Rope, veio contestar esta situação e já apresentou queixa.

Em comunicado a empresa diz que quer apenas que os programadores possam continuar as suas criações sem terem que pensar na responsabilidade de usar o termo candy. A própria ZeptoLab deve a sua popularidade a um monstro, o Om Nom, que come doces.

Como parte integrante do seu portfólio de serviços, a ZeptoLab quer evitar confrontos maiores no futuro relativo ao termo candy. A posição da King tem sido fortemente criticada, inclusive por programadores e por associações que representam a indústria dos videojogos, mas a posição da empresa é clara.

A tecnológica responsável por algumas das atuais aplicações mais populares do Android e iOS diz querer evitar que outros programadores e estúdios de desenvolvimento capitalizem o seu sucesso com base no sucesso do Candy Crush, como escreve o Re/Code.

Os leitores podem verificar de forma simples os temores da King: uma pesquisa no Google Play pela palavra candy resulta em centenas de correspondências, isto é, em centenas de aplicações. E muitas das quais tentam replicar o estilo usado no Candy Crush.

O mesmo fenómeno aconteceu com o Flappy Bird, sobretudo depois de o software ter sido retirado da AppStore e do Google Play.

Nota de redação: corrigida uma informação no primeiro parágrafo, relativa à troca do termo patente por marca, como alertado por um leitor


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico