Portugal é o quinto país a disponibilizar o SEQR, um sistema do tipo mobile wallet que nasceu na Suécia no final de 2012, embora com um conceito ligeiramente diferente, e que hoje marca igualmente presença na Finlândia, Roménia e Bélgica e prepara a entrada no mercado norte-americano e britânico, assim como noutros países da Europa.

Na verdade esta mobile wallet não precisa de quaisquer cartões bancários para funcionar. Apresenta-se como um complemento aos pagamentos com cartão ou dinheiro, sendo utilizada de forma independente.

A solução está associada a uma determinada conta sobre a qual são feitos os débitos diretos, mediante o código PIN escolhido pelo utilizador, introduzido no momento da transação.

Para fazer uma compra com a aplicação SEQR, precisa apenas de reconhecer o QR Code apresentado na caixa registadora onde está a fazer o pagamento. No ecrã do smartphone vai surgir o custo do produto em questão, para que o utilizador confirme a compra com o seu código PIN.

A aplicação emite recibos e permite guardá-los digitalmente. Permite também descontar cupões de oferta e receber promoções e, assim como "associar" cartões de fidelização das marcas e lojas associadas. Além disso também é possível fazer ou receber transferência de dinheiro.

De momento já é possível pagar com a SEQR em mais de 500 lojas físicas, de Norte a Sul do país, nomeadamente da Lanidor, Quebra Mar, Globe, McDonald's, Companhia das Sandes, Loja das Sopas, FARM, Nata Lisboa, Eurest e Science4You.

Para o início de 2015 está prevista a entrada de parceiros em novas áreas, entre lojas online, parques de estacionamento interiores e estacionamento exterior e bombas de combustível. Até ao final do mês o sistema deverá estar a funcionar na área das vending machines, mais especificamente em quatro máquinas localizadas na zona do Cais do Sodré.

A SEQR está disponível para Android e iOS, de momento, e prevê-se que seja lançada para Windows em meados de janeiro de 2015.

A solução surge numa altura em que os métodos de pagamento mobile se multiplicam, como são exemplo em Portugal o MEO Wallet e o MB Way, mas João Pedro Duarte diz que o sistema da Seamless é diferente.

“Não usamos a infraestrutura de cartões, ao contrário de 99% dos nossos concorrentes. Usamos menos intermediários o que nos permite ter um modelo de negócio muito mais interessante para as lojas”, sublinhou o country manager para Portugal da SEQR em declarações ao TeK.

O responsável acrescentou ainda que o único custo que as lojas parceiras têm é um valor por cada compra feita com o sistema, “que é 50% inferior ao custo de uma transação feita com um cartão de débito”, garantiu. “Se ninguém fizer uma compra com SEQR durante um mês, a loja não vai ter custo nenhum”.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico