A Organização das Nações Unidas (ONU) não considera o WhatAapp um método de comunicação seguro e implementou, desde junho de 2019, uma diretiva que proíbe o uso da aplicação de mensagens por parte de todos os seus funcionários. A medida foi revelada por Farhan Haq, um porta-voz da organização, à Reuters após ter sido questionado se António Guterres, Secretário-Geral da ONU, comunicava com líderes mundiais, à semelhança de Mohammed bin Salman, através do WhatsApp.
O príncipe da Arábia Saudita é o responsável pelo roubo de informação privada do smartphone de Jeff Bezos. Uma análise forense levada a cabo pela empresa de segurança FTI Consulting revelou que, em 2018, o CEO da Amazon e dono do jornal The Washington Post recebeu uma mensagem enviada pela conta de WhatsApp de Mohammed bin Salman.
Ao que tudo indica, a mensagem continha um ficheiro que permitiu contornar o sistema de segurança do dispositivo e extrair uma grande quantidade de informação. Após ter recebido informação do envolvimento de Mohammed bin Salman, a ONU apelou, em comunicado, para que seja realizada uma investigação mais profunda do caso.
Embora a ONU tenha implementado a medida de segurança em relação às comunicações oficiais dos seus funcionários, Farhan Haq não indicou se estes utilizavam o WhatsApp antes de junho de 2019.
Em resposta à diretiva implementada pela ONU, Carl Woog, diretor de comunicação do WhatsApp, indicou que cada mensagem enviada na aplicação é protegida através de encriptação. O responsável afirma que a tecnologia desenvolvida previne que a empresa ou outras entidades acedam às conversas, sendo que o sistema de segurança é “visto com bons olhos por especialistas da área”.
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