Na semana passada a Google e a Apple começaram a disponibilizar as suas APIs, para Android e iOS, respetivamente, numa primeira vaga de 22 países. A tecnologia ficou disponível para as agências de saúde explorarem aplicações construídas de raiz ou ser incorporada em apps já existentes no controlo de proximidade de pessoas em contacto com a COVID-19.

Uma equipa da Suíça terá produzido a primeira aplicação a integrar as APIs, a SwissCovid, a aplicação adotada pela Suíça no controlo da doença. A app já se encontra disponível para o exército suíço, os trabalhadores dos hospitais e outros funcionários civis, avança a BBC. Há uma outra aplicação na Letónia também prestes a ser lançada, a Apturi Covid.

As aplicações têm o objetivo de detetar quando duas pessoas estão perto, o tempo suficiente para que haja o risco de contágio, enviando uma notificação caso uma delas tenha sido diagnosticada com a doença. A solução das duas gigantes tecnológicas impedem as empresas que produzem as aplicações de recolher dados da sua localização, entre algumas outras restrições de privacidade.

tek app covid suíça

A aplicação suíça precisa agora de ser aprovada no debate parlamentar antes de ser oferecida ao público em geral, algo que o governo espera conseguir em meados de junho. Estima-se que a mesma é apoiada por cerca de 70% da população suíça.

Por outro lado, a equipa de produção da Letónia já introduziu a API na sua solução e pode lançar a mesma sem a necessidade de votos parlamentares. Se tudo correr como previsto poderá ser lançada já esta quinta-feira. O porta-voz da equipa disse à BBC que a Apple já aprovou a aplicação para ser listada na App Store, estando ainda à espera da resposta da Google para aparecer na sua loja digital. Se for lançada na quinta, poderá então ser considerada a primeira app disponível à escala nacional.

Apturi Covid
Apturi Covid é a aplicação adotada na Letónia.

Em Portugal, a aplicação STAYAWAY COVID está a ser desenvolvida no INESC TEC e a equipa está também a integrar as APIs da Google e Apple. Para a versão final será necessário o apoio do Governo, que as tecnológicas estão a exigir de forma a que exista apenas uma aplicação de rastreamento de contactos em cada país.