Tempo passado em aplicações no smartphone pode ultrapassar 6 biliões de horas em 2028

Francisca Andrade

9 dez 2022 14:22

As previsões da data.ai indicam que o número de horas passadas em aplicações só em smartphones Android poderá subir acima dos quatro biliões já em 2022.

O tempo que os utilizadores passam em aplicações no smartphone continua a crescer e, de acordo com novas previsões, espera-se que ultrapasse a marca dos seis biliões de horas em 2028. Os valores, que dizem respeito ao tempo passado em smartphones a nível global, representam uma subida de 34% ao longo dos próximos cinco anos.

De acordo com as previsões da data.ai, o número de horas passadas em aplicações nos smartphones Android poderá subir acima dos quatro biliões já em 2022. No entanto, este ano, devido à incerteza económica, os gastos feitos por utilizadores em aplicações podem registar uma queda de 5%, situando-se nos 110 mil milhões de dólares.

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Prevê-se que os gastos feitos por consumidores voltem a descer em 2023, com uma diminuição de 3% face ao ano anterior, passando para 107 mil milhões de dólares. Embora o segmento dos jogos tenha demonstrado resiliência durante períodos económicos mais conturbados, os gastos dos utilizadores serão impactados devido às mudanças nas políticas da Apple e Google, que podem dificultar a monetização através de compras in-app.

Para lá das aplicações de compras online, prevê-se que, em 2023, os consumidores virem mais as suas atenções para outros tipos de experiências. Entre as áreas que poderão registar um maior crescimento destacam-se as que estão relacionadas com viagens e eventos ao vivo, entre concertos, espetáculos e desportos.

Os especialistas da data.ai notam também que o uso de aplicações de meditação vai crescer em 2023. Já a maioria das apps que podem ultrapassar a marca dos dois mil milhões de dólares em receitas no próximo ano são jogos. Existem ainda sete apps e jogos que se vão juntar ao “clube” dos três mil milhões de dólares, incluindo o TikTok, HBO Max, Disney+, Netflix e YouTube.

O relatório detalha que os gastos das empresas com anúncios mobile poderão registar uma desaceleração devido à conjuntura económica. Apesar disso, espera-se que atinjam 362 mil milhões de dólares em 2023, impulsionados, sobretudo, por aplicações baseadas no formato de vídeos curtos popularizado pelo TikTok.