
O Tinder está a desenvolver uma série de novas funcionalidades que têm em vista assegurar a segurança dos seus utilizadores em situações perigosas. Em breve, a conhecida aplicação de encontros terá um botão de pânico que poderá ser usado quando, por exemplo, um encontro toma um rumo inesperadamente mau. Existirá também a possibilidade de receber a confirmação de que a eventual futura “cara-metade” chegou bem a casa e até de alertar as autoridades.
A decisão surge após o Grupo Match, a empresa-mãe do Tinder, passar a ser detentora de uma participação na Noonlight, a empresa que criou a aplicação de segurança pessoal de mesmo nome, avança o The Wall Street Journal. Para já, as funcionalidades vão chegar apenas ao mercado norte-americano a partir do final de janeiro.
Um utilizador que se encontre em perigo terá a possibilidade de ativar um alarme através das ferramentas da Noonlight integradas no Tinder. A aplicação tomará uma abordagem com vários passos para tentar evitar a ativação acidental do botão de pânico. Caso não seja inserido um código específico, os funcionários enviarão uma mensagem ou telefonarão. Se não obtiverem resposta, ou se surgir um pedido de socorro explícito, os colaboradores alertarão as autoridades.
Para poder usar as funcionalidades, os utilizadores terão de partilhar os seus dados de localização com a aplicação. Embora o grupo Match afirme que a informação não será partilhada com outras empresas para além da Noonlight, nem usada para outros fins, a reputação do Tinder no que toca à segurança dos dados faz levantar uma série de questões.
Um relatório do Conselho Norueguês do Consumidor, em parceria com a empresa de cibersegurança Mnemonic, revelou que existem 10 aplicações, nas quais se inclui o Tinder, que violam a privacidade dos seus utilizadores e não cumprem as normas do Regulamento Geral de Proteção de Dados.
O relatório refere que, ao todo, as aplicações em análise forneceram dados de utilizadores a 135 empresas da área da publicidade ou de análise de perfil comportamental. Em questão estavam informações como o endereço IP, a localização GPS até o seu sexo e idade.
Os dados recolhidos podem ser usados para rastrear os consumidores e personalizar os anúncios que surgem nas plataformas, “prevendo”, por exemplo, as suas crenças religiosas ou orientações sexuais. Com base nas evidências identificadas, o Conselho Norueguês do Consumidor apela agora as autoridades para que apliquem o RGPD e aos profissionais da área de publicidade para que optem por métodos que respeitem os direitos humanos.
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