Depois de ter sido banido da Alemanha, o serviço UberPop da startup norte-americana Uber vai sofrer alterações. E as mudanças têm como objetivo igualar as tarifas cobradas pelos condutores que usam a aplicação àquelas que são praticadas pelos táxis.

Quem avança com a notícia é a Reuters que diz que o compromisso assumido pela Uber vai ser desde já aplicado a Frankfurt e a Munique. Mas seguem-se outras cidades: Berlim, Dusseldorf e Hamburgo.

A imprensa internacional fala numa Uber vergada ao poder da justiça, tendo preferido manter a atividade a ter que enfrentar proibições em todo o território alemão - e que trazem outras consequências para os restantes serviços da tecnológica.

"Uma derrota para todos os que querem escolha na sua mobilidade pessoal", disse um porta-voz da Uber à Reuters, em reação ao acordo conseguido com a justiça alemã.

Ao aumentar as tarifas, a Uber diz que o serviço vai ficar menos apelativo para os condutores, pelo que isso acabará por ter um efeito negativo no negócio da empresa.

A Uber estará agora a trabalhar numa alternativa a um serviço de partilha de boleias - ridesharing - e que esteja de acordo com as leis alemãs.

A situação ganha ainda mais destaque pois é um precendente a nível europeu que pode pressionar ações e acordos semelhantes noutros territórios onde o serviço já foi banido, caso de Espanha.

Em Portugal a Uber também enfrenta críticas das associações ligadas aos taxistas, sendo que a Federação Portuguesa do Táxi considera mesmo que a empresa já está a prejudicar o negócio.

A resposta da Uber é de que está apostada "em trabalhar e em manter um diálogo aberto com os legisladores e partes interessadas de forma a garantir que todos os benefícios que a tecnologia traz à mobilidade urbana chegam aos utilizadores, aos motoristas e às cidades".


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico