A Amazon estará a preparar uma renovação de fundo da Alexa, que vai potenciar as capacidades de um dos assistentes mais antigos do mercado com inteligência artificial generativa. A notícia está a ser avançada pela CNBC, que cita fontes próximas ao processo, as mesmas que também adiantaram à cadeia de televisão norte-americana que esta Alexa renovada será apresentada mais à frente este ano e terá uma abordagem mais conversacional. A ideia é posicionar a aplicação mais na linha do que já estão a fazer vários outros assistentes suportados por IA generativa

As mesmas fontes dizem que a Amazon pondera ainda introduzir um serviço de subscrição quando lançar as novidades. O pacote seria uma forma de financiar os custos da tecnologia associada e seria um custo extra ao do serviço Prime, para já não definido.

A Alexa foi lançada em 2014 e as suas capacidades ficam hoje muito aquém das capacidades dos assistentes potenciados pela tecnologia de empresas como a OpenAI ou a Google, que ainda recentemente acrescentaram mais novidades à oferta nesta área.

As notícias sobre os planos da Amazon para relançar a Alexa não são novas. A Business Insider já tinha avançado o mesmo, numa nota que também referia a intenção de criar um serviço de subscrição associado à nova versão da assistente.

A Alexa terá nascido com um dos projetos do grupo acarinhado por Jeff Bezos, fundador, que quando este deixou as funções executivas foi relegado para segundo plano e passou a beneficiar de menos investimento, garantiram alguns colaboradores não identificados à CNBC. A reorganização estratégica da empresa durante e depois da pandemia também não deu prioridade à Alexa.

Ainda assim, este não deixa de ser um ativo com muito potencial para explorar. Em 2023 a Amazon comunicou vendas de 500 milhões de dispositivos com o software da Alexa integrado. Há milhões de dispositivos vendidos em anos anteriores que continuam a ser usados em casas por todo o mundo.

Vale a pena também lembrar que a Amazon é um dos maiores investidores na Anthropic, que acaba de disponibilizar a sua tecnologia na Europa, por isso pode não estar tudo por fazer, no esforço de trazer a Alexa para a era da GenAI. As fontes da CNBC, no entanto, garantem que na renovação da Alexa vai ser usado o modelo de linguagem interno da Amazon, o Titan.