A Apple continua envolvida no caso do "viciamento" das baterias e diminuição de performance dos iPhones através de atualizações do iOS, como forma de “incentivo” aos seus clientes adquirirem novos modelos. O caso já remonta a 2017, e a empresa da maçã argumentou que o abrandamento na performance seria para evitar encerramentos inoportunos e perdas de dados, mas não convenceu os utilizadores norte-americanos, levando-os a processar a empresa de Cupertino. O certo é que a Apple reconheceu o erro e procedeu a uma campanha de substituição das baterias. Decisão que viria a custar caro à empresa, e ao fraco desempenho das vendas durante 2018.
Agora é a vez dos advogados da Apple responderem com um novo argumento de que os clientes não devem poder processar a empresa pelo abrandamento dos dispositivos através das atualizações de iOS, como destaca o Extreme Tech. Segundo uma analogia dos advogados, a Apple trabalha como um construtor contratado, e não pode ser acusada pelos estragos infligidos a um dispositivo em nome de o querer melhorar. O argumento encaixa na “teoria” da empresa cortar na performance do iPhone para proteger a duração de vida das baterias.
Ao todo, a Apple acumulou 61 processos no tribunal relacionados com o caso. E os advogados dizem agora que a Apple não pode ser responsável por quaisquer danos aos iPhones resultantes de uma atualização de iOS, porque a empresa funciona basicamente como um “construtor contratado para fazer uma melhoria no lavatório da cozinha, tendo permissão para demolir e modificar partes da casa, se necessário”. Os advogados continuam com a analogia, referindo que qualquer dano excessivo causado pelo empreiteiro faz parte do contrato, e não é trespassado.
A publicação conta ainda outra “finta” dos advogados. Um dos queixosos afirma que a Apple lhe estragou o iPhone ao forçá-lo a instalar atualizações de software supostamente para corrigir problemas de bateria. A ação do tribunal do queixoso refere que mesmo que tenha optado por instalar as atualizações, premindo os respetivos botões, fê-lo depois de ler as informações nem sempre claras de para o que servem. Os advogados da Apple puxam novamente da analogia para responder: “Fomos convidados para a sua casa. Fizemos algum trabalho. Desculpe se não gosta do facto de termos destruído a parede para a entrada e instalado uma nova conduta de ar, mas isso é como são as coisas”.
Por fim, a publicação refere outra argumentação da Apple, que teve sucesso no tribunal, referindo que os clientes não podem esperar que as baterias dos iPhone durem mais de um ano, tendo em conta que a sua garantia são 12 meses… O caso tem proporções estranhas quando estas alegadas citações são associadas a equipamentos que custam cerca de mil euros. E talvez isso justifique a diminuição da procura ocorrida no último trimestre fiscal reportado pela gigante tecnológica.
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