Antes da explosão dos smartphones com ecrãs táteis enormes, no tempo em que a Nokia ditava as regras das tendências dos telemóveis, surgiram os PDA. Os dispositivos fundiam as funcionalidades típicas do telemóvel com agenda pessoal, no fundo um microcomputador de bolso. A Gemini considera que existe espaço no mercado para os smartphones em formato de “concha” e lançou uma campanha de crowdfunding para o Cosmo Communicator, com grandes semelhanças ao clássico Nokia Communicator e outros dispositivos com teclado.

A resposta não se fez tardar e faltando ainda um mês para finalizar a campanha no Indiegogo, a empresa já obteve 250% do valor pretendido, ou seja, 500.000 dólares dos 200.000 pretendidos, oriundos de mais de 800 investidores (backers).

Para além do teclado retroiluminado acessível quando o dispositivo está aberto, pode contar com um sistema de ecrã tátil duplo: um principal de 6 polegadas e outro de 2 polegadas para interagir com o sistema quando o smartphone está fechado.

Apesar de ser um dispositivo assente no sistema operativo Android 9 (Pie), este suporta ainda diferentes versões de Linux, tais como o Sailfish e o Debian, com opções de multi-boot.

O Cosmo tem ainda uma câmara de 24 polegadas, que tanto serve para tirar selfies quando o dispositivo está fechado, como panorâmicas, quando está aberto. É alimentado por uma bateria de 4.220 mAh, e no seu interior irá encontrar um processador de oito núcleos Mediatek P70. Além disso, terá processadores independentes para os gráficos e inteligência artificial. No que diz respeito a armazenamento, o Cosmo tem 6 GB de RAM e 128 GB de memória flash, que pode ser expandida via microSD.

A empresa faz jus à premissa introduzida na década anterior, a utilização de um sistema “all-in-one” capaz de substituir os smartphones e os PC portáteis.