No início de junho, uma investigação do Pentágono dava a conhecer que dois dos modelos de drones usados pelo Departamento do Interior dos Estados Unidos eram aparentemente mais seguros do que se pensava. No entanto, o Departamento de Defesa do país reitera que os equipamentos da fabricante chinesa continuam a ser ameaças para a segurança nacional.

Em comunicado, o Departamento de Defesa sublinha que a anterior investigação é “errónea e desarticulada”. De acordo com a entidade governamental, o seu lançamento não foi autorizado e a situação está a ser analisada.

“As políticas e práticas existentes associadas com o uso destes sistemas por entidades e forças do governo norte-americano a trabalhar em colaboração com os serviços militares dos Estados Unidos permanecem inalteradas ao contrário de quaisquer investigações cujo lançamento não foi aprovado”, detalha o Departamento de Defesa.

Recorde-se que a DJI faz parte da “lista negra” do Departamento do Comércio desde dezembro de 2020. A fabricante foi acusada de ser cúmplice “de abusos dos direitos humanos em larga escala na China” através de técnicas de “vigilância de alta tecnologia” e a entrada na lista impede-a de fazer negócios com empresas norte-americanas e de usar tecnologia produzida nos Estados Unidos.

DJI foi adicionada à “lista negra” dos Estados Unidos. Fabricante quer continuar a vender drones no país
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Ao longo dos últimos anos, a preocupação do governo norte-americano em relação à possibilidade dos drones usados pelas suas agências governamentais estarem a ser usados pelo governo chinês para espiar o país tem vindo a crescer.

No início de 2020, o Departamento do Interior do Estados Unidos deu a conhecer que estava a planear suspender o uso de uma frota de quase 1.000 drones após ter determinado que existia um risco elevado de espionagem por parte do governo chinês: uma medida que veio a concretizar-se.

Ainda em outubro de 2019, o Departamento do Interior tinha suspendido temporariamente o uso de cerca de 810 drones que tinham sido fabricados na China ou que continham componentes chineses até que fosse realizada uma análise completa aos seus riscos de segurança. Já em 2017, o Exército norte-americano emitiu uma diretiva que bania o uso de drones produzidos pela DJI.

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