A DJI, a conhecida fabricante de drones, é uma das 78 empresas chinesas que passam a fazer parte da “lista negra” do governo de Donald Trump, impedindo-a de fazer negócios com empresas norte-americanas e de usar tecnologia produzida nos Estados Unidos
De acordo com o Departamento do Comércio dos Estados Unidos, a DJI foi colocada na lista por ser cúmplice “de abusos dos direitos humanos em larga escala na China” através de técnicas de “vigilância de alta tecnologia”. Ainda em março, a Bloomberg tinha avançado que os drones produzidos pela empresa estariam a ser utilizados para vigiar a comunidade Uigur na província de Xinjian.
Além disso, o Departamento do Comércio argumenta que a DJI, assim como a AGCU Scientech, a China National Scientific Instruments and Materials e o Kuang-Chi Group, “facilitaram a exportação de equipamentos chineses para regimes repressivos um pouco por todo o mundo”.
Em resposta, a DJI afirmou em comunicado à imprensa internacional que, embora esteja desapontada com a decisão do governo norte-americano, os consumidores nos Estados Unidos poderão continuar a comprar e usar os drones que produz.
No início do ano, o Departamento do Interior do Estados Unidos estava a planear suspender o uso de uma frota de quase 1.000 drones após ter determinado que existia um risco elevado de espionagem por parte do governo chinês.
Em outubro de 2019, o Departamento suspendeu temporariamente o uso de cerca de 810 drones que tinham sido fabricados na China ou que continham componentes chineses até que fosse realizada uma análise completa aos seus riscos de segurança. Já em 2017, o Exército norte-americano emitiu uma diretiva que bania o uso de drones produzidos pela DJI.
Além da DJI, a SMIC, a maior fabricante chinesa de semicondutores passou a constar oficialmente da “lista negra” dos Estados Unidos a 18 de dezembro, seguindo uma avaliação da a Administração Trump que determinou que os equipamentos desenvolvidos pela empresa podem ser usados para fins militares por parte do governo chinês. Existe ainda uma possibilidade de a SMIC ser também colocada na lista de empresas com ligações ao exército chinês.
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