De acordo com novos dados preliminares avançados pela IDC, o mercado de tablets registou uma queda de 19,1% no primeiro trimestre de 2023, com 30,7 milhões de unidades a serem enviadas para as lojas.
Os especialistas realçam que o número de equipamentos enviados para lojas durante os três primeiros meses do ano é comparável com os valores atingidos no período homólogo em 2019 (30,1 milhões de unidades) e em 2018 (31,6 milhões de unidades). Espera-se que as vendas deste trimestre sejam baixas, com fabricantes a optarem por fazer uma limpeza ao stock antes de lançarem novos modelos.
Em linha com o que se passa no mercado de tablets, o número de Chromebooks enviados para as lojas durante o primeiro trimestre do ano continua a contrair, neste caso com uma descida de 31% face ao mesmo período no ano passado.
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Todas as fabricantes contaram com descidas durante o primeiro trimestre do ano. À medida que as empresas um pouco por todo o mundo regressam aos seus escritórios e que os consumidores têm uma abordagem mais cautelosa em relação aos gastos que fazem, o mercado continua a registar um nível de procura mais fraco.
A Apple e a Samsung continuam a liderar o mercado de tablets, com as duas fabricantes a somarem uma quota de mercado de quase 58%. A Huawei passou a estar no terceiro lugar do ranking, sendo a fabricante que registou uma menor queda em comparação com as restantes fabricantes, com menos 9,7%.
Já a Amazon foi a fabricante com a maior queda no primeiro trimestre do ano, com menos 62%. Segundo a IDC, o número de equipamentos enviados para as lojas pela Amazon durante este período foi o mais baixo desde a pandemia. Entre os fatores que contribuíram para este resultado contam-se sazonalidade, acumulação de stock e baixa procura.
Como explica a analista Anuroopa Nataraj, as fabricantes tiveram uma entrada cautelosa no primeiro trimestre de 2023, uma vez que o panorama macroeconómico se mantém incerto. No entanto, “é de notar o impacto positivo que as restrições da pandemia tiveram na adoção de tablets”, afirma a analista.
Durante a pandemia muitas fabricantes aproveitaram a oportunidade para desenvolver e lançar modelos concebidos para apoiar vários tipos de utilizadores durante o confinamento e depois dele. Por exemplo, a quota de tablets equipados com ecrãs de maiores dimensões, vistos como ideais para o trabalho híbrido, mas também para o ensino à distância, aumentou significativamente em comparação com os níveis pré-pandémicos.
Segundo o analista Jitesh Ubrani, apesar do declínio no número de tablets enviados para as lojas, há motivos para manter algum optimismo, à medida que mais fabricantes estão “de olho” neste mercado, como a OnePlus, com o OnePlus Tab, ou a Google, que se prepara para lançar o Pixel Tablet.
Os especialistas olham para a aposta da Google como particularmente interessante, pois tem o potencial para melhorar a experiência do sistema operativo Android em tablets, mas também tornar o tablet numa parte essencial do ecossistema das casas inteligentes.
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