Nos últimos anos a Philips tem passado por uma série de transformações, com a alienação da área de televisores e de áudio, e com a concentração no segmento da eletrónica de consumo e na área da saúde.

Aproveitando a pré conferência da IFA, que decorre em Hong Kong, Bernad Laudahn, managing director da Philips GmbH, lembra que apesar dos 125 anos de história as empresas têm de se reinventar constantemente. E que embora a Philips vá continuar a desenvolver appliances domésticas, a estratégia passa cada vez mais por apostar na área da saúde e de vida saudável, que passa em muitos casos pode mudar hábitos e pela nutrição.

Das máquinas que cozinham de forma mais saudável a purificadores de ar, as apostas da Philips passam também por dispositivos wearable que permitem controlar o impacto da alimentação e do desporto de forma mais próxima.

“As principais doenças que afetam a população mundial podem ser mitigadas com mudança de hábitos. As pessoas sabem que têm de se mover mais e comer de forma mais saudável, e achamos que podemos ajudar nesta mudança”, afirma.

A combinação com a Internet das coisas traz benefícios ao consumidor sobretudo na área da saúde, mostrando às pessoas de forma imediata dados sobre os efeitos que o exercício e a opção por uma alimentação mais saudável pode trazer no dia-a-dia.  

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A Philips vê esta área como uma estratégia 3M, medindo, acompanhando objetivos e mantendo a motivação, uma lógica que é aplicada aos produtos e serviços que a Philips tem apresentado e que passam por equipamentos ligados ao telemóvel mas também por software de medição e partilha de dados num modelo semelhante ao Facebook, explica Bernad Laudahn.

A empresa já tinha anunciado vários produtos e a Heath Suite App, que tem desenvolvido em parceria com a seguradora Alliance, como o Blue Torch, mas nem todos se destinam à área de fitness e abordam mesmo o segmento de acompanhamento de doentes e idosos, melhorando a sua qualidade de vida.

Em setembro a Philips vai lançar novos produtos e um smartwatch, do qual não há ainda muitos detalhes, mas que estará naturalmente ligado a um smartphone.

Apesar do investimento, Bernad Laudahn avisa que embora o futuro seja na área da saúde, este é um mercado regulado: custa muito dinheiro e demora muito tempo. “Estamos a desenvolver produtos mas não seremos os mais rápidos do mundo”, justifica.