A Vodafone entrou no mercado de IoT para clientes privados com o lançamento do V by Vodafone, uma plataforma que permite aos consumidores ligarem-se e gerirem uma ampla gama de dispositivos inteligentes, com a segurança em mobilidade e a localização como foco.
Com o mercado empresarial IoT em Portugal a ter crescido 70% nos últimos dois anos, Emanuel Sousa, administrador para a Unidade de Negócios Particulares da Vodafone Portugal, acredita que o mercado para particulares “vai ser muito grande” e que a nova gama V é uma das formas de lá chegar.
“Se o mercado de particulares crescer como nós esperamos, em quatro ou cinco anos vamos ter cerca de 10 milhões de equipamentos ligados à internet em Portugal”, esclareceu o responsável numa apresentação aos jornalistas, acrescentando que o novo mundo de smart devices e conectividade que permite ao consumidor ter sempre por perto tudo o que mais gosta, a partir de uma app no smartphone”.
Com o V by Vodafone, o utilizador vai poder gerir uma ampla gama de dispositivos inteligentes como GPS localizadores de carros (V Auto), animais (V- Pet) ou bagagem (V- Bag), bem como câmaras de segurança 4G (V- Cam).
A base da nova plataforma da operadora móvel será o cartão V-SIM de 9,90 euros que garante a conectividade de todos os produtos da gama V, mas também é compatível com outros dispositivos que utilizem IoT. Este cartão é distribuído juntamente com os dispositivos conectados comercializados pela Vodafone.
Para gerir o V-SIM foi criada uma app móvel que garante uma visão geral e única de todos os produtos a partir de uma plataforma digital e que, como permite associar qualquer equipamento IoT à sua conta Vodafone sem ser preciso subscrever um serviço por cada dispositivo usado, vem simplificar a vida do consumidor.
Luís Pedro Cardoso, responsável de Inovação da Vodafone Portugal, explicou ao SAPO TEK que esta aposta da Vodafone em ser o primeiro operador no país a abrir o leque de soluções com tecnologia IoT aos clientes particulares se suporta na confiança de que se trata de uma área que “vai explodir a partir de agora”.
“Em 2018 temos um total de mais de 1 milhão de equipamentos IoT no mercado português, mas que estão direcionados para a área empresarial. A área de consumo é um segmento que vai “explodir” a partir de agora, daí que tenhamos criado esta área de produtos para endereçar às necessidades específicas dos clientes de consumo”, esclarece.
Para o responsável este é o momento em que os clientes estão mais virados para conseguirem estar ligados aos objetos que lhes são mais importantes no dia-a-dia, pelo que é essencial “tornar esses objetos inteligentes”
E nesta fase de lançamento, a aposta da Vodafone recaiu sobre segurança em mobilidade e localização, com os novos produtos da gama V a serem direcionados a consumidores com animais de estimação, carro, filhos ou, por exemplo, para quem quer saber o que se passa na sua casa de férias.
No entanto, Luís Pedro Cardoso esclareceu que este é “apenas o primeiro passo” e que, em breve, haverá mais novidades, não só com o reforço da gama V by Vodafone com novos produtos, mas também com novas áreas de atuação, nomeadamente “smart home”.
“Para o espaço da casa o que se sente é que há uma grande dispersão de protocolos, de bluetooth e wi-fi, tudo misturado. O nosso foco para uma “smart home” é conseguir uma solução que seja uma espécie de hub centralizador que vai conseguir falar todas as línguas dos equipamentos e, por isso, ter interação com todos eles”, declarou ao SAPO TEK.
Emanuel Sousa também justificou a escolha da estratégia que suporta o lançamento do V by Vodafone com o facto da “tecnologia na parte das aplicações móveis estar relativamente madura”.
“Para a casa já há muita coisa e definimos que valia a pena esperar por um standard porque quando isso não existe (e é um dos problemas desta indústria), as pessoas ficam um pouco perdidas”, conclui.
Luis Pedro Cardoso disse que até ao final do ano haverá novidades em Portugal na área da “smart home”, uma área de atuação que já está a dar frutos em Espanha e na Alemanha, com uma “grande aceitação” por parte dos consumidores.
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