A Apple estará a trabalhar com quatro modelos de inteligência artificial, para preparar as novidades impulsionadas por inteligência artificial generativa que quer integrar na próxima versão do sistema operativo. Dois foram desenvolvidos pela própria empresa, a partir da sua framework proprietária Ajax, e estão na base do já referenciado em vários rumores AppleGPT, que a empresa alegadamente tem já vindo a usar internamente. A empresa estará também a fazer testes com o modelo na base do ChatGPT e com Flan-T5 da Google, para comparar resultados.
Esta não é a primeira vez que surgem notícias de que a Apple está a trabalhar em vários modelos de linguagem. Em setembro do ano passado, o site The Information dizia o mesmo e indicava que a empresa estava a distribuir os investimentos em IA por várias equipas e com vários objetivos.
Esta informação mais recente foi partilhada no fórum coreano Naver, por um autor frequente de rumores da Apple, o Yeux1122. Segundo a fonte, o objetivo é comparar os resultados dos modelos internos com os da concorrência, em testes nos próprios dispositivos e em processamento online e preparar as mudanças e novidades que se espera venham a integrar a próxima versão do iOS, o sistema operativo do iPhone.
Espera-se que a próxima versão do sistema operativo da Apple para o iPhone traga várias novidades potenciadas por inteligência artificial generativa. Nos últimos meses têm surgido vários rumores de que a empresa está, como todas as outras, a trabalhar nesta área e a testar funcionalidades para algumas áreas específicas, como a assistente Siri ou o AppleCare.
No mesmo fórum Naver e pela mão do mesmo utilizador, que em janeiro já tinha dito que as novidades para a Siri seriam reveladas na próxima edição da conferência de programadores da Apple em junho, garante-se agora que esta informação é segura, como relata o site BGR.
A Apple estará mesmo a trabalhar numa funcionalidade que vai permitir à Siri resumir ideias e informação, para responder a ordens como “por favor resume este texto”. A nova funcionalidade alegadamente funcionará, tanto com aplicações de mensagens - como o iMessages - como com SMS, garante o autor da informação que diz tê-la confirmado com acesso direto ao código do software.
Note-se que o recurso a IA generativa para este tipo de funcionalidades já não é nova em smartphones. O Pixel 8 da Google e o Galaxy S24 da Samsung podem ser usados para resumir artigos, mensagens e outros conteúdos.
Vários rumores têm garantido que o iOS18 vai integrar a maior atualização de sempre do sistema operativo móvel e a expectativa é que a inteligência artificial esteja na base de boa parte dessas novidades e alterações. As supostas novidades da Siri foram também abordadas em janeiro pelo site 9to5Mac e a Bloomberg disse ainda no ano passado que a Apple estava a trabalhar com tecnologia própria e já usava o seu próprio "ChatGPT".
Dadas as preocupações conhecidas da Apple com a privacidade, refletidas nos seus produtos, é também de esperar que as integrações de IA generativa que a empresa venha a fazer reflitam o mais possível essa visão. Tem havido uma discussão sobre a fórmula final que a Apple pode vir a usar para integrar estes recursos no iPhone, entre a opção pelo processamento de dados localmente nos dispositivos ou na cloud.
A natureza dos LLM dificulta a primeira opção, mas um paper recentemente publicado por investigadores da empresa mostra que encontraram um método para correr grandes modelos de linguagem em ambientes de memória limitada, como divulgou a MacRumors, recentemente.
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