O 7º Rock in Rio Lisboa, que começa já no próximo dia 19 de maio, vai ser a edição mais "inteligente" do festival, pelo menos até agora. Em parceria com a Vodafone, foram implementadas várias tecnologias por todo o recinto que vão ajudar a controlar e a gerir de forma mais eficiente diversas áreas relevantes para a eficiência logística e redução de recursos.
Da taxa de ocupação dos WC à qualidade do ar, tudo vai ser controlado com detalhe através de vários sensores que a operadora desenvolveu com a SSA Dynamics, no âmbito do seu programa de Smart Cities. De acordo com João Mendes Dias, administrador da Vodafone, esta iniciativa vai tornar a "Rock City do Rock in Rio numa Smart Rock City".
Na Cidade do Rock, os sensores instalados dividem-se em cinco diferentes categorias: Smart Water, Smart Energy, Smart Toilet, Smart Waste e Smart Air. Na prática, cada um deles vai permitir às várias forças de intervenção gerir os focos de ação e as estratégias a utilizar no terreno. Uma das aplicações reais da infraestrutura materializa-se no Smart Toilet, que vai detetar a presença de pessoas em cada casa de banho e informar os festivaleiros - através de vários ecrãs informativos e da aplicação móvel Vodafone Rock in Rio Lisboa - acerca da lotação de cada uma delas. Já os restantes aparelhos vão agilizar a monitorização da rede de abastecimento de água, da utilização e fornecimento de energia, do sistema de processamento de resíduos sólidos e da qualidade do ar.
Para tratar toda a informação disponibilizada por estes sistemas, o recinto vai contar com um Centro de Controlo Operacional. Ali, serão exibidas instantaneamente todas as medições a uma equipa de representantes das várias forças de segurança e assistência presentes no festival (PSP, INEM, Protecção Civil, bombeiros e segurança), tal como a uma equipa de técnicos especializados no tratamento deste tipo de informação.
Ricardo Acto, diretor de operações do Rock in Rio, afirmou esta quinta-feira, durante uma apresentação à comunicação social, que esta parceria vai permitir ao festival tornar-se mais sustentável "económica, ambiental e socialmente" e traduzir-se numa melhor capacidade de resposta às necessidades do público.
Embora esta seja a primeira vez que um festival realizado em Portugal vá servir de palco à instalação de um sistema desta natureza, a Vodafone já testou estas tecnologias na região da Lezíria do Tejo e na vila do Sabugueiro, no âmbito de um programa de gestão urbana. No entanto, esta primeira aposta no universo dos festivais espelha a vontade da operadora para o futuro.
Apesar de ainda não admitir a expansão destas tecnologias de Smart City para outros festivais nacionais, João Mendes Dias disse que o objetivo é exportar o sistema para outros países, pelo menos através das edições internacionais do Rock in Rio. Por enquanto, João Mendes Dias espera que os resultados ajudem a empresa a limar arestas e a otimizar a utilização destas tecnologias em eventos desta natureza.
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