Apesar das limitações da pandemia de COVID-19, os Jogos Olímpicos de Tóquio realizaram-se sem grandes incidentes, mesmo apesar dos estádios terem ficado vazios durante as competições. Este domingo foi o último dia do maior evento desportivo mundial e não poderia faltar a cerimónia de encerramento, com grupos de atletas em representação de todos os países participantes a desfilar pelo estádio.
A organização tinha uma surpresa guardada para o final da cerimónia: um espetáculo “pirotécnico” de efeitos especiais, projetando o logotipo dos Jogos Olímpicos, assim como toda a simbologia da passagem da tocha olímpica à próxima organização: Paris será a próxima anfitriã, em 2024.
Veja na galeria algumas imagens da cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos:
O espetáculo poderia ter sido feito com drones coreografados, cada vez mais utilizados em substituição do tradicional fogo-de-artificio. Mas a organização decidiu utilizar efeitos especiais apenas para espetadores em casa, uma vez que o estádio estava vazio, exceto para os atletas e pessoas envolvidas nas 46 modalidades.
O espetáculo de luz simulou a projeção de ondas de luzes brancas no céu, a partir do chão, criando os cinco anéis olímpicos que representam os continentes. Os efeitos de luz, compostos por inúmeras partículas, deram o toque perfeito ao ambiente festivo e coreografado que estava a acontecer no relvado.
Nas palavras do Comité Olímpico Internacional, as luzes refletidas em forma de onda luminosa pretendem representar o espírito olímpico que reside em todos nós. “Enquanto vemos estas luzes a voar pelo estádio, lembramos todas as pessoas que contribuíram para tornar as olimpíadas possível, desde o início até ao fim, assim como todos aqueles que não pode estar hoje aqui”, salienta o porta-voz da organização, citado pelo Digital Trends.
A organização utilizou drones apenas para a cerimónia de abertura dos jogos Olímpicos, um espetáculo composto por 1.824 equipamentos da Intel, numa sequência de representação 3D da Terra, que terá ficado na memória de muitos espetadores. Foi reservado o encerramento à empresa canadiana Moment Factory, referindo que o seu projeto de luzes pretendeu inspirar o sentido de maravilha coletiva e conexão.
Os drones utilizados em coreografias, substituindo o tradicional fogo-de-artifício, tem sido uma das tendências nos últimos tempos, com espetáculos de Natal e fim de ano um pouco por todo o mundo. A cadeia de lojas americana, Walmart, por exemplo, fez uma digressão pelos Estados Unidos, numa parceria com a Intel, com o espetáculo Walmart Holiday Drone Light Show. Esta experiência “mágica” lançou nos céus 1.000 drones também da Intel para criar imagens tridimensionais, desde veados a bonecos de neve e presentes de Natal, totalmente coreografados com músicas natalícias.
O governo da Coreia do Sul também decidiu utilizar um espetáculo de drones para agradecer à população o esforço feito durante o confinamento da pandemia, numa mensagem de conforto e esperança.
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