Ao longo de mais de 20 anos, a SEGA, ou melhor, o seu estúdio Ryu Ga Gotoku tem vindo a criar um universo inspirado na mafia japonesa Yakuza. As histórias contornam entre o violento e dramático, mas com elevadas doses de humor negro, onde se destacam personagens carismáticas como o protagonista Kazuma Kiryu, Goro Majima e mais recentemente Ichiban Kasuga.

São jogos de ação, na linha clássica da série ou com combates por turnos, com elementos de RPG nos mais recentes Like a Dragon. O estúdio parece ter encontrado uma fórmula certa de alternar entre estes dois formatos mediante a história que quer contar. O mais recente jogo a chegar às lojas foi Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, que recupera não só a mecânica de combate em tempo real, como foca a trama em Goro Majima que tem passado despercebido nos últimos capítulos. E desde Yakuza 0 que não era controlado pelos jogadores.

Veja na galeria imagens do jogo:

Em termos cronológicos segue os eventos do anterior jogo principal, Infinite Wealth, mas tem uma história distinta, embora passados em alguns dos mesmos cenários. Quem jogou o anterior vai conhecer um dos palcos da ação, Honolulu e encontrar personagens e atividades familiares. No entanto, em termos narrativos, Majima aparece à deriva numa ilha, amnésico. E é a procura da memória que vai conduzir a aventura, desta vez para longe das lides da Yakuza, para se tornar um pirata dos sete mares.

Esta é a justificação para a personagem circular nos mesmos locais do jogo anterior, sem dar conta da presença anterior dos seus companheiros. Mas ao mesmo tempo paira a curiosidade de saber o que fazia Majima no Havai e como vai ele recuperar a memória ao longo da aventura.

Conhecido pela sua irreverencia na abordagem aos temas, o estúdio Ryu Ga Gotoku conseguiu trazer para um cenário atual a experiência de controlar um navio pirata. O protagonista tem de reunir uma tripulação, convencendo ou cumprindo favores às diversas personagens com que se cruza, ao mesmo tempo que melhora a embarcação para duelos entre navios.

Veja o trailer:

O controlo dos navios é simples e arcade, o que lembra jogos como Skull and Bones da Ubisoft, mas sem tantas mecânicas para lidar. Procurar os túneis de vento para circular mais rápido e até fazer “derrapagens” em alto-mar são algumas das mecânicas. Disparar metralhadoras, bolas de canhão ou mesmo abalroar os navios inimigos são algumas das possibilidades na ação no mar.

O jogo apresenta assim um misto de explorar os mares, à procura dos tesouros em ilhas assinaladas nos mapas, mas ao mesmo tempo, em terra firme, participar em atividades tão estapafúrdias como entregar comida numa bicicleta, sessões de fotografia, dar tacadas em bolas de canhão, corridas de karts, entre muitas outras.

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii está disponivel no PC e consolas PS5 e Xbox Series X|S.