A Society of Automotive Engineers define seis patamares diferentes de condução autónoma, os quais vão do controlo manual ao totalmente automático. Atualmente, veículos à semelhança daqueles que são utilizados em serviços de “táxis robots” da Waymo ou da Lyft encontram-se nos níveis três e quatro. Este tipo de automóvel não requer a intervenção de um condutor a não ser que seja necessário.

Níveis de condução autónoma estabelecidos pela Society of Automotive Engineers

De acordo com um estudo de 2018 da ABI Research os especialistas da área preveem que em 2025 existam cerca de 8 milhões de veículos com sistemas automáticos a circular nas estradas.

Sem um condutor a decidir a rota, contornando obstáculos e tendo em conta as condições da estrada, um veículo autónomo tem de ser capaz de conseguir perceber o ambiente que o rodeia. Para tal as fabricantes recorrem a sistemas de deteção que, em combinação com sensores e câmaras, permitem ao automóvel “ver” o mundo à sua volta.

Existem diversos fatores que podem pôr em risco a condução de um carro autónomo. De acordo com Sajan Saini, diretor de educação do AIM Photonics Academy, o estado do tempo e da estrada, assim como a altura do dia podem afetar a visibilidade, a distância de travagem e a velocidade. Além disso outros automóveis e transeuntes em constante movimento têm um impacto no processo.

Para conseguir determinar e analisar as condições que o rodeiam a um nível milimétrico a nova geração de veículos autónomos recorre a circuitos óticos integrados e à tecnologia LiDAR.

Os sistemas LiDAR, da sigla em inglês Light Detection and Ranging, determinam não só a distância a que os objetos se encontram, mas também a sua forma através da emissão de lasers pulsados através de circuitos óticos integrados. O ambiente ao redor de um veículo autónomo reflete os impulsos de luz e o sistema utiliza essa informação para gerar uma imagem a três dimensões dos seus arredores.

Forma como a tecnologia LiDAR permite a um veículo autónomo "ver" o que o rodeia

A leitura da informação através dos sistemas de deteção só fará sentido ao automóvel depois de passar por um processo chamado fusão de sensores. Segundo a nvidia, que desenvolve uma plataforma de software para este tipo de carro, os dados obtidos são enviados para um computador centralizado com Inteligência Artificial. Assim um veículo pode tomar decisões como contornar um objeto no meio da estrada ou travar perante um peão numa passadeira.

Enquanto a maioria das fabricantes de veículos autónomos aposta fortemente na tecnologia LiDAR a Tesla apresenta um ponto de vista diferente. Os automóveis da empresa de Elon Musk recorrem a um chip de automação integrado em combinação com vários sensores espaciais e um conjunto de câmaras para localizar o carro em relação aos obstáculos circundantes.

À medida que a tecnologia por trás dos veículos autónomos se desenvolve e chega a estradas um pouco por todo o mundo a questão na mente de muitos será provavelmente se estaremos preparados para “deixar” o lugar do condutor.