São considerados "indie" os jogos desenvolvidos por criadores singulares ou equipas curtas que carecem dos orçamentos tipicamente alocados a projetos que crescem no seio das grandes empresas do sector. E é também por conta desta falta de recursos que estes títulos passam, muitas vezes, despercebidos ao grande público, dado que os gastos que podem ser feitos com marketing e comunicação são, naturalmente, inferiores aos dos jogos de primeira linha que, por isso, ocupam as primeiras filas das redes sociais, dos sites especializados e de outros meios que nos fazem chegar os nomes que todos conhecemos, como este ano foi o caso de Cyberpunk 2077, Demon's Souls ou The Last of Us II.

É importante reter, no entanto, que existe muita qualidade no segmento indie, uma vez que esta discrepância de capital nem sempre equivale a jogos menos bons. As experiências tendem a ser mais curtas, dado que se desenrolam em universos mais limitados, mas a aposta no storytelling e na arte, tem por hábito rematar o fosso qualitativo que se poderia prever entre estes e os jogos da autoria dos grandes estúdios.

É por isso que a aclamação, para os indie, chega depois e nunca antes do seu lançamento. Sem a comunicação e o marketing a trabalhar a expectativa nos consumidores, a qualidade é, neste casos, o factor diferencial e praticamente exclusivo, que acaba por definir o seu sucesso. Journey, Dead Cells, Return of the Obra Dinn e Stardew Valley são apenas alguns exemplos de indies que singraram na última década.

Em 2020, Hades foi o nome que reuniu os maiores clamores. O jogo chegou mesmo a vencer alguns prémios de Melhor Jogo do Ano, garantindo assim um lugar na história da indústria. Mas como nem só de Hades se fez o ano dos indies, fique com 20 jogos independentes que marcaram 2020.