Bakhmut é uma das cidades mais atormentadas pela guerra na Ucrânia. O cenário é de destruição, numa batalha que já dura há mais de 10 meses. E nada escapou aos bombardeamentos: escolas, lojas, apartamentos foram reduzidos a escombros ou com estruturas altamente danificadas. A cidade tinha uma população de cerca de 70 mil habitantes, mas atualmente apenas restam alguns milhares.

Os combates têm vindo a diminuir, depois de elevadas perdas para os dois lados do conflito. A cidade mantém-se em total controlo pela Rússia, nomeadamente pelo grupo de mercenários Wagner, que depois de nas últimas semanas ter ameaçado sair da região por falta de munições e apoios, acabou mesmo por entregar as posições ao exercito russo. O anúncio foi feito pelo patrão da empresa privada, Ievgueni Prigojin, na retirada das suas unidades de Bakhmut esta quinta-feira.

Veja na galeria imagens da destruição de Bakhmut em 10 meses de conflitos:

No último fim-de-semana, o líder do Grupo Wagner revindicou a conquista de Bakhmut, confirmada depois pelo Ministro da Defesa russo e o presidente Vladimir Putin. Mas a vitória não parece ser plena, uma vez que as forças ucranianas não admitem a perda total do território, embora reconheça o elevado nível de destruição causado pelos combates ao longo dos meses.

No esquema partilhado pela agência Aljazeera, o exército da Ucrânia aumentou a pressão para retomar o território, naquela que é a contraofensiva planeada. A Ucrânia reconhece que assume apenas uma pequena parte do território. No relatório partilhado pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW na sigla inglesa), o Grupo Wagner assegurou as fronteiras administrativas da cidade, enquanto as forças ucranianas continuam a dar prioridade a contra-ataques nas zonas em arredor.

Evolução do conflito em Bakhmut
Evolução do conflito em Bakhmut. Fonte: Aljazeera

Mas como se pode ver nas imagens de satélite partilhadas pela Maxar, do antes e depois dos conflitos, Bakhmut é agora uma cidade em escombros. As áreas verdejantes deram lugar a terrenos esburacados pelos bombardeamentos, edifícios em ruínas e estradas que desapareceram.

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