O vulcão Monte Etna é o mais ativo da Europa, com diversas erupções nos últimos anos. O mais recente aconteceu este fim-de-semana, afetando grande parte da Sicília. As plumas vermelhas do fumo e cinza espalharam-se rapidamente e afetaram voos que foram desviados ou cancelados, deixando milhares de viajantes sem saber o que fazer, que se deslocavam para Malta, França, Áustria e outras regiões de Itália.
As imagens partilhadas pelo Independent mostram que as áreas de Catania e Ceraeusa voltaram a ser as mais afetadas pela erupção do vulcão. O aeroporto de Catania manteve-se encerrado durante a segunda-feira até às 20:00 horas locais devido à erupção. Segundo a CNN, todas as partidas e chegadas foram proibidas e que os passageiros foram alertados para apenas se apresentarem nos aeroportos depois de confirmarem com as suas companhias aéreas a disponibilidade dos voos.
Veja na galeria imagens de satélite das erupções do Monte Etna:
A nova atividade vulcânica registada no fim de domingo evoluiu para uma fonte de lava, o que gerou uma nuvem dispersa na direção sul, segundo a informação avançada pelo instituto de observação do Etna. Além de ser o mais ativo, este é o maior vulcão da Europa, com 3.350 metros de altura.
Satélites observam Monte Etna há 30 anos
Apesar da violência da fonte de lava do Monte Etna este domingo, o vulcão é muito ativo e entra em erupção esporadicamente. No dia 18 de fevereiro de 2021, o Copernicus Sentinel-2 captou imagens da fonte de lava da sua erupção que aconteceu dois dias antes. Para quem assiste, em segurança, o fenómeno natural é um espetáculo de cor projetada pelo fogo. A ESA refere que os disparos do fogo desta erupção chegaram a atingir os 700 metros de altura. Mais uma vez a cidade de Catania foi a mais atingida com a cinza e ao encerramento do seu aeroporto.
A Agência Espacial salienta o papel dos satélites na monitorização da atividade dos vulcões. Os dados permitem calcular mudanças e até antecipar as suas erupções e dessa forma alertar as autoridades e proteção civil para acionarem os mecanismos de emergência. Os instrumentos óticos e radares permitem captar outros fenómenos associados, incluindo os rios de lava, fissuras no terreno e até terramotos.
Por outro lado, é possível utilizar os sensores atmosféricos dos satélites que identificam gases e aerossóis libertados pela erupção, analisando a qualidade do ar e quantificando o impacto ambiental do mesmo.
Desde 1992 que os satélites da ESA registam dados sobre o comportamento do Monte Etna e vão acompanhando a deformação do terreno durante as várias etapas das suas erupções. A agência espacial diz que os dados de interferometria dos satélites permitem determinada a deformação da superfície por um longo período à escala de centímetros. O sistema combina diferentes imagens de radar observadas do mesmo ponto do espaço a diferentes alturas para calcular as mudanças feitas entre os registos.
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