A Lego tem vindo a afirmar-se enquanto uma marca mais tecnológica. Nos últimos anos, a empresa lançou vários kits de programação, para aproximar as crianças desta temática, mas, agora, a ideia passa por dar vida aos clássicos blocos coloridos.

A ideia consiste em articular construção, videojogos e histórias imersivas num produto dinâmico que vai buscar movimento à realidade aumentada. A linha que nasce desta intenção chama-se Lego Hidden Side e vai dar às crianças uma forma de explorarem uma outra vertente das suas construções.

A realidade aumentada não é um terreno novo para a Lego que, no passado, já recorreu à tecnologia para avivar outros sets de construção, mas este é o primeiro produto que tenta contar uma história ao utilizador, recorrendo à construção como cenário permanente de um enredo que se desenvolve com o tempo.

Nesta primeira versão, a história vai girar em torno de duas personagens, que se dedicam à investigação de um evento sobrenatural que ocorreu na sua cidade natal. Inicialmente, a história vai poder desenrolar-se entre dois cenários distintos: um liceu e um cemitério. Quando o telefone é apontado ao set, é possível interagir com uma história e jogar com todo este conjunto físico-virtual, seja através da app ou através dos próprios blocos.

A maior limitação desta ideia está no facto de as construções terem de obedecer a um desenho base, uma vez que a app foi desenvolvida para reconhecer formas específicas, de forma a poder projetar as figuras adequadas nos espaços criados para o efeito. Em compensação, a Lego compromete-se a criar novos conteúdos para que as construções não fiquem rapidamente na obsoletas e possam proporcionar serões divertidos e diferentes aos utilizadores.

Os Lego Hidden Side vão chegar às lojas este verão, com o cemitério a custar cerca de 20 dólares e o liceu 30 dólares. A app dedicada também vai sair por volta da mesma altura e todos os conteúdos serão gratuitos.