Os Estados Unidos continuam a viver a época de furacões, sucedendo-se diversos fenómenos. O mais recente é o furacão Milton, previsto chegar hoje, dia 9 de outubro, às regiões do estado da Flórida, representando um grande perigo à população. O estado já sofreu nas últimas duas semanas com o furacão Helene, responsável pela morte de mais de 160 pessoas.

O governador da Flórida já declarou o estado de emergência para as áreas afetadas e a população está a ser evacuada. Segundo o Centro Nacional de Furacões, o furacão Milton, de classe 5, tem o potencial para ser o mais destrutivo jamais registado na Flórida. À semelhança do Helen, o Milton pode registar velocidades até 250 km/h. E foi bastante rápido a passagem de nível 4 para 5. A população mal teve tempo de limpar as ruas dos estragos causados pelo Helena e os detritos podem tornar-se perigosos na passagem do Milton.

Veja na galeria as imagens de satélite dos furacões Helene, Kirk e Milton:

Segundo o World Meteorological Organization, a temperatura quente do Golfo do México tem sido um dos responsáveis pela força dos furacões. A superfície morna do mar fornece a energia suficiente para intensificar os furacões. Quanto mais funda for a água morna, mais energia a tempestade pode drenar.

O Milton é considerado um furacão grande, gerando ventos numa extensão de 45 quilómetros a partir do seu centro, podendo crescer até 130 quilómetros. Espera-se que a sua atividade destruidora possa sentir-se a partir desta quarta-feira. As imagens de satélite mostram o seu tamanho e a aproximação da Flórida.

De notar que em Portugal e na Europa, os efeitos do furacão Kirk ainda se fazem sentir, sobretudo no litoral no país. Há notas de que 300 mil clientes ficaram sem energia e mais de 400 árvores caíram, causando estragos. O IPMA emitiu avisos laranja e amarelo em alguns distritos de Portugal, pelo menos até às 15h00 em Lisboa, Leiria e Coimbra.