Os seis participantes voluntariaram-se para a experiência que pretendia validar as condições de vida em mundos distantes, numa situação de isolamento e confinamento a espaços reduzidos.

O estudo da NASA, um dos mais extensivos já feitos sobre esta matéria, pretendia avaliar não a sobrevivência física mas o impacto da falta de privacidade num grupo pequeno, onde os aspetos sociais ganharam relevância.

A simulação HI-SEAS (Hawaii Space Exploration Analog and Simulation) é considerada um elemento relevante na análise da reação dos astronautas em longas viagens no espaço, como as que estão a ser preparadas para explorar Marte.

Oito meses depois de terem entrado no habitat montado no vulcão Mauna Loa no Havai, os cientistas já "voltaram a Terra", em queda livre a partir de um avião, e segundo os relatos estavam bem dispostos e continuavam amigos.

A galeria de imagens conta um pouco da missão.

A escolha do vulcão Mauna Loa foi feita por ser um lugar isolado, com poucos sinais de intervenção humana e mesmo de vegetação.

O habitat era uma tenda com dois andares, onde o piso térreo de 86 metros quadrados continha as zonas comuns, e o piso superior de 46 metros quadrados albergava os quartos dos participantes.

Durante o isolamento (que não se estendeu às redes sociais já que foram publicando imagens de algumas atividades no Facebook) os cientistas desenvolveram algumas tecnologias que podem ser úteis aos astronautas.

Os cientistas tiveram também algumas limitações a nível da alimentação, que era sobretudo congelada ou seca, e o acesso a água e eletricidade era limitado, dependendo sobretudo de iluminação solar.

Os participantes só saiam do habitat uma vez por semana para fazer estudos no exterior, num veículo semelhante ao Rover usado em Marte.

Esta foi a terceira missão deste estudo e a mais longa. A próxima deverá durar um ano para se aproximar do tempo de duração de uma missão a Marte, que se estenderá por dois anos e meio a três anos de viagem, a que se somam mais um ano na superfície do planeta.