
Uma nova descoberta científica revelou como pequenos jatos solares, identificados em regiões escuras da atmosfera do Sol, ajudam a formar o vento solar - um fluxo constante de partículas carregadas que o Sol emite para todo o Sistema Solar. Este avanço foi alcançado com a ajuda da missão Solar Orbiter.
Em 2023, cientistas observaram pela primeira vez esses jatos perto do polo sul do Sol. Agora, dados adicionais confirmaram que os jatos estão espalhados por várias regiões escuras do Sol, conhecidas como buracos coronais.
Idênticos a fios de cabelo brilhantes em imagens aceleradas, estes jatos duram cerca de um minuto e lançam partículas a velocidades impressionantes de 100 km/s.
Os buracos coronais são áreas onde o campo magnético do Sol se estende para o espaço em vez de retornar à superfície solar. Por muito tempo, os cientistas sabiam que o vento solar rápido se origina nesses buracos, mas como as partículas eram lançadas permaneceu um mistério - até agora.
O estudo, liderado pelo cientista Lakshmi Pradeep Chitta, do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, usou imagens de alta resolução do Solar Orbiter e medições de partículas e do campo magnético próximas ao Sol. Combinando estas informações, os investigadores estabeleceram uma ligação direta entre os jatos solares e o vento solar.
O mais surpreendente foi descobrir que esses jatos não são apenas responsáveis pelo vento solar rápido, mas também pelo vento solar lento, cuja origem era desconhecida até agora. Este é um passo significativo para compreender o funcionamento do Sol e os efeitos do vento solar na Terra, como as auroras boreais e possíveis perturbações nas comunicações, sublinha a da Agência Espacial Europeia (ESA).
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As medições foram feitas durante aproximações do Solar Orbiter ao Sol em outubro de 2022 e abril de 2023. A equipa planeia recolher mais dados nas próximas missões para aprofundar o conhecimento sobre como esses pequenos jatos impulsionam o vento solar.
Publicada na revista Astronomy & Astrophysics, a descoberta é um marco na exploração do astro-rei e só foi possível graças aos instrumentos avançados do Solar Orbiter, que combinam imagens detalhadas e medições diretas do vento solar, nota a ESA.
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