A onda de calor que se fez sentir na Europa também afetou a Gronelândia ao longo das últimas semanas e um dos satélites Sentinel-2 do Copernicus captou o impacto das temperaturas acima do normal em Godthåbsfjord, um dos maiores fiordes do mundo, localizado na costa sudoeste do país.
A imagem, captada a 22 de julho, retrata a movimentação de sedimentos provocada pelo derretimento da camada gelada que cobre a zona. Durante os últimos dias, em partes da Gronelândia, foi possível registar temperaturas na ordem dos 16 graus Celsius: cerca de 10 graus acima do habitual para esta época do ano.
De acordo com os dados partilhados pelo programa europeu de satélites de monitorização terrestre, baseados em informação avançada pelo National Snow and Ice Data Center nos Estados Unidos, o degelo provocado pelo aumento das temperaturas fez com que 18 mil milhões de toneladas de água fossem parar ao oceano entre os dias 15 e 17 de julho.
Além do degelo na Gronelândia, dados recolhidos pelo European Drought Observatory (EDO) do Copernicus Emergency Management Service (CEMS) satélites Copernicus também demonstram como grande parte da Europa está a ser severamente afetada por secas, que foram agravadas pela onda de calor intensa que afetou o território.
Segundo os dados, 45% do território europeu está pintado a laranja, cor que representa o nível de alerta médio de seca. Por outro lado, 13% da Europa está pintada a vermelho, o nível de alerta máximo de seca, e Portugal é um dos países mais fortemente afetados.
Recorde-se que também a NASA e a ESA recorreram a satélites para tirar um retrato à onda de calor e ao risco de incêndios na Europa.
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A onda de calor que está a atingir a Europa fez com que a época de incêndios começasse mais cedo este ano e os satélites ajudam a identificar fogos ativos e a medir a temperatura no solo com imagens impressionantes.
Os dados do sistema de informação europeu de fogo em florestas (EFFIS na sigla em inglês) deram recentemente a conhecer que entre 1 de janeiro e 9 de julho já tinham ardido mais de 250 mil hectares na União Europeia: um valor quase três vezes superior à média registada para os mesmos períodos de 2008 a 2020.
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Além do EFFIS, também o FIRMS (Fire Information for Resource Management System) da NASA recorre a imagens de satélite para avaliar a extensão dos incêndios, apresentando os dados num mapa global que permite ver a situação nos vários continentes.
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