A NASA partilhou imagens de dia 13 para mostrar a onda de calor na Europa, África e Ásia, destacando as fotografias como imagens do dia, mas também Portugal esteve na mira da Agência Espacial norte americana, com uma foto que recorreu ao instrumento Visible Infrared Imaging Radiometer Suite (VIIRS) do satélite Suomi NPP, captada a 12 de julho para mostrar incêndios ativos na península ibérica, que chegaram muito próximo de Madrid.
Hoje o dia foi considerado especialmente perigoso em termos de risco de incêndio e Direção Geral da Indústria da Defesa e Espaço (DG DEFIS na sigla em inglês) partilhou também como imagem do dia um mapa das áreas ardidas e de risco de fogos.
A Europa Ocidental tem sido fustigada por incêndios e nos últimos 1o dias arderam mais de 40 mil hectares em Portugal e Espanha, mas os alertas do sistema europeu EFFIS colocam vários países em risco extremo, o nível mais elevado da escala. Espanha, França, Itália e Reino Unido são os territórios indicados e Portugal fica fora da lista dos mais perigosos.
O mês de junho de 2022 está empatado com o de 2020 como os mais quentes desde que se fazem registos, o que recua a 1880. Hoje o Reino Unido e França estão novamente com temperaturas muito elevadas e podem ultrapassar os 45 graus, uma canícula que tem levado a alertas de segurança e saúde no sistema britânico.
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Época de incêndios começa cada vez mais cedo na Europa
A onda de calor que está a atingir a Europa fez com que a época de incêndios começasse mais cedo este ano. Mais de 250 mil hectares já foram queimados desde janeiro e os satélites ajudam a identificar fogos ativos e a medir a temperatura no solo com imagens impressionantes.
Os números são do sistema de informação europeu de fogo em florestas (EFFIS na sigla em inglês, acrónimo de European Forest Fire Information System) que indica que a época de incêndios começa cada vez mais cedo na Europa e apresenta dados comparativos que recuam até 2006. Desde 1 de janeiro a 9 de julho já tinham ardido mais de 250 mil hectares na União Europeia, o que corresponde a cerca de três vezes o valor médio para os mesmos períodos de 2008 a 2020.
Os gráficos da EFFIS mostram claramente a evolução dos incêndios para toda a Europa, com a possibilidade de consulta dos números para cada um dos países.
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França e Espanha representam cerca de 40% do total de terreno ardido na União Europeia nos últimos seis meses e no início de julho, o número de hectares queimados nesses dois países já era quatro vezes maior do que o registado entre 2008 e 2020, um valor que poderá aumentar com a continuidade da onda de calor. A informação pode ser acompanhada no site.
Outras ferramentas permitem usar imagens de satélite para avaliar a extensão dos incêndios, e a NASA tem online o FIRMS (Fire Information for Resource Management System) que combina dados de vários satélites para apresentar informação do dia, ou recorrer a histórico dos últimos 7 dias. O mapa é global e permite ver a situação de incêndios nos vários continentes.
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Na Europa é o Copernicus Management Service que permite consultar os fogos ativos, com o MODIS e o VIIRS, ou as áreas queimadas, com a combinação do MODIS e SENTINEL2.
No site é possível escolher visualizações diferentes, referentes ao último dia, 7 ou 30 dias, ou consultar por época e calendário. Há ainda a possibilidade de usar a indicação das áreas protegidas e das áreas urbanas ou a previsão de perigo de incêndios, onde se pode ver que toda a península ibérica está em situação de risco elevado. Mais detalhes podem ser vistos online.
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Mapas mostram onda de calor na Europa
Na semana passada a Agência Espacial Europeia também recorreu a imagens de satélite para mostrar a forma como a onda de calor estava a afetar as cidades europeias. Com a temperatura do ar na Europa 10º acima da média para esta época do ano, o mês de junho bateu recordes e fez aumentar o risco de incêndios.
Nas cidades o calor dissipa-se mais lentamente e cria "ilhas de calor urbano" que tornam a vida mais difícil para todos, e os instrumentos da Estação Espacial Internacional permitiram captar imagens de grandes cidades, como Milão, Paris e Praga
O instrumento ECOSTRESS do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA está a ser usado pela ESA para ajudar no desenvolvimento da missão Land Surface Temperature Monitoring (LSTM) do Copernicus. Os dados foram usados para simular o funcionamento do LSTM que pode ser um recurso para planeamento das cidades mas também na agricultura.
Várias cidades ultrapassaram em junho os 40º graus e as fotos captadas mostram as temperaturas no terreno a 18 de junho, durante a tarde.
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