Em 2020, O Instituto Europeu de Patentes recebeu 249 pedidos de registo com origem em Portugal, um número que traduz uma queda de 8,5% face ao ano anterior e que põe fim a um ciclo de crescimento das submissões de origem nacional, em 2019 e 2018. 

Os dados constam do Index de Patentes 2020, divulgado esta terça-feira, e também revelam que a Universidade do Minho foi a entidade que submeteu mais pedidos de patentes ao organismo europeu ao longo do ano que passou: 20. 

Seguiram-se a A4TEC - Associação para o Progresso da Engenharia de Tecidos e Tecnologias e Terapias de Base Celular (A4TEC), que foi a segunda entidade com maior número de pedidos submetidos, num total de 14 e o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência do Porto (INESC Porto), com 12 pedidos.

Por áreas, as tecnologias médicas, com um crescimento de 31,8%, farmacêutica (44,4%) e biotecnologia foram as mais visadas pelas inovações submetidas ao IEP, a partir de Portugal, mas também foram estas as áreas que mais cresceram no registo de inovações, um pouco por toda a Europa. Voltando à realidade portuguesa, os domínios onde os pedidos de registo de patentes europeias feitos a partir de Portugal foram o mobiliário e jogos (61%) e tecnologias de computação (46,7%).  

Em 2019, empresas, institutos de investigação e universidades portuguesas tinham submetido 272 pedidos de registo ao IEP, garantindo um aumento de 23,1% no número de pedidos. Um ano antes, o valor já tinha crescido 47,3%. Em 2020, em toda a Europa, foram submetidos 180.250 pedidos de patentes. Os líderes deste “campeonato” continuam a vir de outras geografias, como mostram os gráficos e o vídeo preparado pelo IEP para resumir a informação apurada. 

Pedidos de patente em território nacional cresceram

Números divulgados no Portal da Justiça, no início de fevereiro, mostravam que a nível nacional a atividade neste domínio foi superior, com 1.124 pedidos de patente e modelos de utilidade submetidos ao longo do ano passado, mais 16,5% que em 2019. Revelavam também que o número de patentes europeias validadas em Portugal recuou, 9,1% para um total de 5.385 patentes validadas. 

Os dados da Justiça adiantavam ainda números para os pedidos de registo de marca em território nacional, que em ano de pandemia se fixaram nos 21.426, apenas 0,6% abaixo do contabilizado para o ano anterior, colocando Portugal à frente de países como o Reino Unido, Alemanha, Espanha ou França, numa comparação por milhão de habitantes.