Elon Musk partilhou um vídeo no seu perfil da rede social X onde mostra a mais recente versão do robot humanoide da Tesla, o Optimus, em ação numa tarefa muito específica: dobrar roupa cuidadosamente. A Tesla, e Musk, defendem que o Optimus poderá nos próximos anos ganhar autonomia para realizar um conjunto de tarefas, que vão desde o apoio nas atividades domésticas ao trabalho em fábricas, por exemplo.
Um olhar mais atento sobre o vídeo agora divulgado mostra que ainda falta algum tempo para que o humanoide da Tesla chegue a esse ponto. Como observaram muitos dos que viram o vídeo, e como os responsáveis da empresa confirmam. Na margem direita do ecrã vai surgindo a mão do engenheiro que faz os movimentos originais, replicados em simultâneo pelo robot.
A versão do Optimus que aparece neste vídeo é a que a Tesla apresentou em dezembro do ano passado. Os processos de aprendizagem parecem seguir no mesmo estádio da versão anterior, pelo menos neste ponto em particular, mas nem por isso os avanços na precisão das tarefas deixam de dar nas vistas.
Veja o vídeo
Em maio, a Tesla tinha divulgado um vídeo onde mostrava o treino do humanoide, recorrendo a inteligência artificial e ao mesmo tipo de mecanismo robótico, usado por um humano e equipado com diferentes sensores. O processo mantém-se, mas o braço e a mão evoluíram na perícia dos movimentos.
O robot humanoide da Tesla foi revelado em 2021. Em meados do ano passado a empresa mostrou pela primeira vez o BOT, como também é conhecido, a funcionar com todo o chassis montado. No vídeo divulgado na altura, a sensibilidade dos movimentos de braços já era um aspeto evidenciado pela Tesla. Com o Optimus de segunda geração, mostrado no final do ano, essas capacidades voltaram a ser aprimoradas.
O Optimus Gen 2 tem menos 10 quilos que a versão anterior e melhorou a velocidade da marcha em 30%. Tem mãos novas, mais sensíveis (com mais sensores e capacidade melhorada para manipular objetos delicados), pés redesenhados - para maior estabilidade, e capacidade de fazer agachamentos, para provar uma melhor ergonomia.
O novo vídeo divulgado por Musk pode mostrar que o caminho para a autonomia ainda é longo, mas é revelador dos avanços do robot no que se refere à sensibilidade das mãos e das tarefas que conseguem realizar, uma capacidade que pode ser muito útil nas linhas de montagem de um fabricante de automóveis. O Optimus recorre ao sistema de inteligência artificial usado nos automóveis Tesla, assim como às câmaras do Autopilot, para se movimentar num determinado espaço.
Um engenheiro da Tesla a trabalhar no projeto, Milan Kovac, explicou entretanto, numa outra publicação na X, que o vídeo pretende mostrar os avanços alcançados em tarefas complexas teleoperadas. Este tipo de experiências servem para perceber se o hardware atual tem a destreza necessária para realizar essas tarefas. Servem igualmente para recolher os dados necessários para treinar as redes neuronais e2e, que mais tarde vão permitir a sua realização autónoma. Nesta fase a Tesla quer ainda acumular uma diversidade de dados suficiente para generalizar tarefas mais rapidamente.
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